Exame confirma morte por dengue de médica em Teresina
O filho mais novo da pediatra, Rafael Lira de 5 anos, também morreu vítima da doença.
O painel epidemiológico da Fundação Municipal de Saúde (FMS) atualizou os números de mortes por dengue em Teresina nesta terça-feira (21). Agora são dois óbitos pela doença, registrados somente neste mês e na mesma família. Em todo o Piauí, sobe para 11 o número de vítimas fatais, sendo que outros três estão em investigação.
A segunda vítima é da médica pediatra Laysa Geovana Soares Vilarinho Lira, de 47 anos, que morreu 12 dias depois que seu filho Rafael Lira Matias, de 5 anos, por causa da doença. O exame enviado ao Laboratório Central (Lacen) deu positivo para dengue.
A médica foi internada no último sábado (17) com sintomas da doença, no dia seguinte teve uma parada cardiorrespiratória e morreu no início da segunda-feira (20).
O filho mais velho de Laysa, que tem 14 anos, também está com sintomas da doença e foi levado para São Paulo.
De acordo com o painel, Teresina registra 3.488 notificações da doença, sendo 2.420 confirmadas. Destes, 14 casos são considerados graves.
Na capital, a incidência é considerada média, com 279,35 para cada 100mil habitantes, mas já se aproxima de alta (que é 300) e a letalidade está em 0,08% para cada 100 mil habitantes, já a mortalidade é de 0,23 também para a mesma amostra populacional.
A notificação por hospitalização está em 5,4%.
Vacinas
Apesar da alta de casos de dengue em todo o Piauí, a vacinação segue tendo uma procura baixa em Teresina e nos outros municípios do interior onde já tiveram início as campanhas de imunização contra a doença. As vacinas estão sendo aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Os municípios dos territórios Entre-Rios e Chapada das Mangabeiras já iniciaram suas campanhas de imunização. De acordo com a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Piauí (Cosems), Leopoldina Cipriano, que é secretária de Saúde de Miguel Alves, todos os municípios já iniciaram suas campanhas de vacinação, mas a procura está sendo baixa.
Em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) cita que o número de aplicações de doses está acontecendo no ritmo esperado, e que está no aguardo para que novas doses sejam disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
Prevenção
O infectologista Walfrido Salmito, diretor de vigilância em saúde da FMS, afirma que prevenir a doença é essencial, o que deve ser feito com açõe de combate a criatórios do mosquito e o uso de repelentes.
“Uso de repelente para quem não adoeceu, para quem quer se manter livre da doença, algumas medidas são fundamentais. Por exemplo, a gente eliminar todos os criadores do mosquito de dentro das nossas casas e isso é uma obrigação nossa fazer enquanto cidadão. Para manter esse criadouro longe das nossas residências é evitar água parada, muitas vezes, dentro de locais que a gente nem imagina, por isso é importante fazer uma varredura na casa, assim como você se cuidar, procurar um médico e o uso também de repelente pra quem ainda não adoeceu”, afirmou.