Clima THE24 discute metas e projeto de sustentabilidade
Durante a conferência também foi discutido o cumprimento das metas globais de biodiversidade e clima nas cidades nordestinas.
O financiamento para a execução de projetos de biodiversidade e ação climática local foi um dos temas abordados na segunda rodada de palestras do primeiro dia do ClimaTHE24, conferência iniciada nesta segunda-feira (27) em Teresina, que busca discutir ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas nas cidades brasileiras.
Em uma das mesas, especialistas e representantes de ministérios e instituições financeiras apresentaram instrumentos que possibilitam o financiamento de ações ambientais, a exemplo do que a capital piauiense vem desenvolvendo junto ao Banco Mundial em relação ao Lagoas do Norte.
“Já observamos diversas conversas e parcerias sendo estabelecidas, negócios sendo formalizados. Isso é extremamente importante, pois precisados de soluções para os problemas que já estão acontecendo. As conversas estão avançando e Teresina se apresenta como uma das cidades pop eiras na captação de recursos”, pontuou Leonardo Madeira, analista ambiental e coordenador do evento.
Além disso, o ClimaTHE24 também discutiu o cumprimento das metas globais de biodiversidade e clima nas cidades nordestinas. O embaixador Antônio da Costa e Silva, representante do Ministério das Cidades no evento, frisou a importância do espaço.
Segundo ele, o momento foi fundamental para analisar como a agenda internacional pode contribuir para os esforços relacionados à resiliência dos municípios das cidades brasileiras, sobretudo nos grandes centros urbanos.
“A primeira degradação mais evidente, que contribui inclusive para a degradação ambiental, é a degradação do nosso ambiente urbano. E efetivamente você não vai ter um clima mais resiliente, cidades mais resilientes, se você não olhar a questão da justiça climática, se você não olhar com clareza quais são os seus objetivos em termos de direito à cidade”, pontuou o embaixador.
O ClimaTHE segue até quarta-feira (29), no Sesc Cajuína. A conferência conta com a participação de especialistas, autoridades governamentais, instituições financeiras e universidades, além de sediar o 3º Encontro Regional do ICLEI Nordeste e o CB27, a reunião nacional dos secretários de Meio Ambiente.
“Teresina vem se tornando o centro das discussões climáticas. Isso é uma preocupação nacional, pois as cidades tem que se preparar para os eventos climáticos. O balanço desse primeiro dia é extremamente positivo”, finalizou João Henrique, secretário municipal de Planejamento e Coordenação (Semplan).
“Vocês sabem qual vai ser, pela projeção, o ano mais quente daqui para frente?”, pergunta o pesquisador Luciano Paez, durante a conferência do Clima em Teresina, o Clima THE24. A resposta é perturbadora: “Todos os próximos anos. Será em 2024, vai ser em 2025 e assim vai. 2023 foi o ano mais quente nos últimos 250 mil anos da história do planeta terra”, disse Luciano que fez história ao gerir a primeira secretaria do clima do Brasil.
Fonte: Cidade Verde