CRM dá 30 dias para gestores regularizarem irregularidades encontradas em 4 maternidades de Teresina
As unidades estavam com aparelhos de exames sem funcionar além de infiltrações nas estruturas.
O Conselho Regional de Medicina no Piauí encontrou uma série de irregularidades em cinco maternidades de Teresina. As unidades do bairro Dirceu Arcoverde, Satélite, Promorar, Buenos Aires e a Maternidade Dona Evangelina Rosa passaram por fiscalização durante todo o mês de julho. Todas elas são geridas pela Fundação Municipal de Saúde(FMS). Entre os problemas constatados estão aparelhos sem funcionar, comprometendo a execução de exames, infiltrações na estrutura, salas sem climatização e déficit de profissionais.
A equipe foi composta pela secretária geral do CRM-PI, Drª Aura Brandão, o médico fiscal do Conselho, Dr. Juarez Holanda, o conselheiro Dr. Marcos Moraes e pelo médico fiscal Dr. Juarez Holanda, o presidente, Dr. João Moura Fé, o vice-presidente, Dr. Raimundo Sá e do corregedor, Dr. Ricardo Paranaguá. Todas as unidade estão situadas nos bairros de mesmo nome.
Maternidade do Satélite
Na Maternidade do Satélite a equipe constatou que tanto a farmácia quanto o exame de cardiotocografia, que coleta as informações sobre o feto, ainda na barriga da mãe, estava funcionando normalmente. No entanto, a unidade estava sem internet, deixando o sistema de prontuário fora do ar; outra falha é que há dificuldade na realização de exames de ultrassom, tendo que encaminhar as pacientes internadas para outros hospitais para a realização do exame, além de algumas infiltrações no teto.
Maternidade Wal Ferraz
Na unidade do Wall Ferraz as enfermarias se encontravam lotadas, sem climatização, sem privacidade e com condições ruins de limpeza e conservação, além de banheiros com problemas hidráulicos e poltronas e macas em mal estado de conservação. As pacientes que precisam de atendimento na unidade também lidam com as mesmas condições para realizar os exames de ultrassonografia, assim como na unidade do Satélite.
Além disso, a equipe verificou que há falta de medicamentos essenciais ao bom funcionamento da maternidade como noripurum injetável, morfina e até imunoglobulina anti-Rh. A Maternidade do Promorar também não conta com transdutor para ultrassonografia transvaginal e há cerca e dois anos vive com a falta de bisturi elétrico. Na parte externa foi confirmado a infestação de pombos, principalmente na área dos motores de ar condicionado e telhado, com presença de ninhos e fezes das aves.
Maternidade do Buenos Aires
Na unidade do Buenos Aires, os médicos notaram que o estoque da farmácia era satisfatório e que não havia lotação nas enfermarias. A unidade é a única da cidade onde é realizado o teste do olhinho, da orelhinha e do pezinho. Entretanto os aparelhos de ar condicionado não funcionavam. O diretor da maternidade, Doutor Atêncio Quiroga, explicou que os aparelhos foram adquiridos, mas ainda não tinham sido instalados.
Relatório
Após as fiscalizações, o conselho elaborou um relatório técnico, que será enviado aos diretores de todas as maternidades e ao presidente da Fundação Municipal de Saude, Doutor Ítalo Costa. Os gestores têm 30 dias para regularizar todas as falhas.
Fonte: Portal A10+