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Piauiense é alvo de megaoperação contra grupo que falsificava empréstimos

A ação desarticulou um esquema que causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões em menos de um ano, atingindo vítimas em todo o país.

Polícia Civil do Paraná prendeu 40 integrantes de uma organização criminosa especializada em golpes de falsos empréstimos. A operação, denominada Fallen Fox, foi deflagrada nesta terça-feira (30) e visou desarticular um esquema que causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões em menos de um ano, atingindo vítimas em todo o país. As diligências ocorreram simultaneamente em Curitiba e Araucária, no Paraná, além de cidades na Bahia, Piauí e Mato Grosso do Sul, onde outras quatro pessoas também foram presas.

Foram 38 presos por mandados de prisão e outros dois autuados em flagrante por posse irregular de arma de fogo e tráfico de drogas, ambos no Paraná. Dos detidos, seis pessoas foram presas na Bahia, uma no Piauí e outra no Mato Grosso do Sul. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online, nos quais falsos atendentes se passavam por funcionários de instituições financeiras. Um dos criminosos recebia R$ 60 mil por mês pela criação dos anúncios fraudulentos. As vítimas eram atraídas por promessas de empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.

Durante a ação foi apreendida uma arma de fogo, dinheiro, cartões, uma máquina de contar dinheiro e aparelhos eletrônicos. Também foram representadas medidas patrimoniais de bloqueio de bens e valores em contas bancárias e aplicações financeiras.

O delegado Ricardo Casanova explica a forma de ação dos criminosos. “Os golpistas agiam de forma meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança nas vítimas. Utilizavam linguagem técnica bancária e ofereciam condições aparentemente vantajosas. Antes da suposta liberação do crédito, exigiam o pagamento de diversas taxas fictícias, como comprovação de renda, aumento de score de crédito, IOF e Imposto de Renda. Todo esse processo era feito de maneira tão convincente que muitas vítimas só percebiam o golpe após terem perdido quantias significativas”, diz.

Os depósitos eram feitos em contas de operadores financeiros, responsáveis pela movimentação do dinheiro e repasse aos líderes da organização. A organização utilizava o DDD 11 para simular uma localização em São Paulo para tentar aumentar a credibilidade dos golpes.

A Fallen Fox é um desdobramento da operação Downfall, deflagrada em 4 de maio de 2023 pela PCPR e pela Polícia Federal, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional e interestadual de drogas. Durante as investigações daquela operação, a PCPR identificou o envolvimento de alguns membros da organização com golpes de falso empréstimo, o que motivou a deflagração da nova investigação.

com informações da PCPR

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