Piauiense Sarah Menezes se torna a 1ª mulher brasileira campeã olímpica como judoca e técnica
A piauiense de 34 anos, hoje como técnica principal da seleção brasileira de judô, já havia garantido uma medalha com o bronze de Larissa Pimenta.
A lendária judoca Sarah Menezes se tornou a primeira mulher brasileira campeã olímpica na categoria (Jogos de Londres 2012,) e agora, como treinadora, após o ouro conquistado por Beatriz Souza nos Jogos Olímpicos Paris 2024 na categoria pesado (acima de 78kg), nesta sexta-feira (02). Um feito inédito no esporte brasileiro.
A piauiense de 34 anos, hoje como técnica principal da seleção brasileira de judô, já havia garantido uma medalha com o bronze de Larissa Pimenta no último dia 28. Com o primeiro ouro do Brasil em Paris 2024 através da modalidade, Sarah Menezes entra para a história. Nas redes sociais, a ex-atleta comemorou a conquista.
“Obrigada meninas @larissapimentajudo @_beatrizsouzaar @judocbj @timebrasil Estou realizada !!! Campeã Olímpica dentro e fora do tatame !!!! Parabéns .. Paris 2024 será inesquecível na minha vida ♥️♥️♥️🤭😍”, escreveu.
Trajetória de Beatriz Souza em Paris
Beatriz Souza juntou-se a Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Sarah Menezes e Rafaela Silva no rol de gigantes campeões olímpicos do judô brasileiro. Com uma campanha memorável nesta sexta-feira, no Palais Éphemère da Arena Champs-de-Mars, a brasileira de 26 anos conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024 na categoria pesado (acima de 78kg).
A judoca olhava para o lado e via a lendária Sarah Menezes a lhe passar instruções. Hoje treinadora, a piauiense, campeã olímpica nos Jogos Londres 2012, tentava guiar a judoca luta a luta rumo à glória que já conhecia tão bem. Na estreia, Bia lutou contra Izayana Marenco, da Nicarágua, e não teve dificuldade para avançar com um ippon. Na luta seguinte, válida pela quartas de final, encarou a sul-coreana Hayun Kim, medalhista de bronze no Campeonato Mundial deste ano.
Em um combate duríssimo, a brasileira conseguiu reverter uma entrada da asiática e aplicou um waza-ari para seguir na chave. A semifinal prometia ser uma guerra. E foi. Contra a francesa Romaine Dicko, esperança de ouro local e número 1 do ranking mundial, Bia tinha retrospecto desfavorável.
Mas nem mesmo o apoio da torcida local a abalou. A paulista, dona de três medalhas em Mundiais sênior (uma prata e dois bronzes) fez uma luta sólida, dominou o combate e bateu a rival com uma imobilização que fez a europeia desistir. No domingo, o Brasil já havia obtido uma prata, com Willian Lima (até 66kg), e um bronze, com Larissa Pimenta (até 52kg).
Na final, contra a israelense Raz Hershko, uma luta dominante definida com um waza-ari. Um ouro histórico. Um lugar para sempre no Olímpico.
com informações da COB