População do Piauí vai parar de crescer em 2036, diz IBGE
Um dos fatores relacionados a esse recuo está a redução na taxa de fecundidade do estado.
A população do Piauí vai parar de crescer até o ano de 2036, quando chegará ao total de 3.431.896 habitantes. A partir do ano de 2037, a população do estado vai começar a diminuir e terá uma redução de 13,25% até o ano de 2070, é o que mostra as primeiras Projeções de População do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgadas nesta sexta-feira (23).
A pesquisa mostra que o Piauí vai atingir seu crescimento máximo da população em 2036. A partir disso, o número de habitantes deve começar a diminuir até chegar a 2.977.122 habitantes em 2070, uma redução de 454.774 habitantes em relação ao ano de 2036.
Um dos fatores relacionados está a redução na taxa de fecundidade do estado que, de 2000 a 2023, caiu de 2,72 filhos por mulher para 1,61. Os dados apontam que a taxa deve continuar caindo e deve recuar para 1,44 a partir de 2037, quando atinge seu ponto mais baixo. Em contrapartida, a idade média da população piauiense deve subir para 49,5 anos em 2070. Em 2023, essa média foi de 34,8 anos.
A redução da população foi observada em todo o Brasil, conforme aponta o IBGE. No país, a população vai parar de crescer em 2041, quando chegará a 220.425.299 habitantes. A partir de 2040, a população do Brasil deve diminuir até chegar ao 199.228.708 em 2070, uma redução de 21.196.591 habitantes, uma queda de 9,6% em relação ao ano de 2041.
Entre os estados da federação, o Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiro a atingir o crescimento máximo de sua população em 2026, seguido pela Rio de Janeiro, em 2027. Já Santa Catarina e Roraima devem ser os últimos estados a atingir o crescimento máximo da população em 2063. De acordo com as projeções, o Mato Grosso deve ser o último estado a atingir o crescimento máximo, em algum momento após 2070, ano limite das atuais Projeções de População.
A gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, apontou que a redução população será desigual regionalmente, tendo em vista a migração populacional. “A migração entre unidades da federação é um fator muito importante nas dinâmicas populacionais. Alguns estados são a origem e outros, o destino desses migrantes. Isso vai fazer com que cada estado tenha sua inflexão populacional em um momento diferente”, disse.
As projeções
As Projeções de População do IBGE utilizam dados de diversas fontes, como: os três censos demográficos mais recentes (2000, 2010 e 2022), a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), estes dois últimos ambos do Ministério da Saúde, entre outros. Seus cálculos permitem acompanhar a evolução dos padrões demográficos do país. Além de servirem de parâmetro para políticas públicas nas três esferas de governo, as Projeções de População permitem que o IBGE atualize as amostras de suas pesquisas domiciliares, como a PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
Fonte: Portal A10+