Em carta, Sílvio Mendes indaga sobre morte de Firmino Filho
Sílvio foi lançado na política pelo ex-prefeito Firmino e foi prefeito de Teresina por dois mandatos
O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (Progressistas), publicou uma carta na manhã desta segunda-feira (12), onde lamenta a morte do ex-prefeito Firmino Filho (PSDB).
De acordo com a carta, Sílvio relata que ficaram muitas perguntas em torno da morte prematura e misteriosa do ex-prefeito. “Por que, Firmino? Por que, meu Deus?”, indaga Sílvio Mendes.
Ainda segundo o documento, Sílvio relata que havia combinado uma pescaria, mas que a mesma não aconteceu. Ele lembra que um dia após a morte de Firmino, um pássaro esteve na janela de sua casa. “Bem cedo do dia seguinte à sua partida, um passarinho veio cantar na minha janela. Foi sua visita de despedida?”, afirma.
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Leia abaixo a íntegra da carta:
Teresina, 12 de abril de 2021
Caríssimo Firmino,
O sono é menor e os pesadelos chegam quando acordado.
A sua decisão de partir sem despedida da família, de Teresina e seu povo, dos seus amigos e seguidores, que o tinham como um líder que não fugia dos debates e embates, bem fundamentados nas suas crenças, causou profunda tristeza e ficaram muitas perguntas sem respostas. Por que, Firmino? Por que, meu Deus?
Você sempre foi racional e cartesiano. Tinha formação, experiência. Dedicou metade da sua vida à gestão pública realizadora e Teresina lhe confiou para cuidar dela por quatro mandatos, privilégio que ninguém recebeu de um povo reconhecido, que lhe daria novas missões para continuar a ter esperanças no futuro.
Nos acostumamos a ter em você um líder e guerreiro. Você usava essas palavras, “guerreiras e guerreiros”, incentivando a equipe e seguidores das suas crenças. Até aprendeu a ganhar e a perder eleições. Nunca desanimou, sempre seguindo em frente!
Na sua timidez e virtude de mais ouvir do que falar, tivemos oportunidades de partilhar nossas aflições e até choramos juntos. Não por fraquezas, mas por sentimentos e valores comuns. Que tormentos o venceram? Você falava do futuro e, de repente, partiu! Até a pescaria combinada, não aconteceu. Os nossos desencontros foram escritos na areia e o vento levou.
Bem cedo do dia seguinte à sua partida, um passarinho veio cantar na minha janela. Foi sua visita de despedida?
O lamento na nossa casa é da perda de um irmão.
Até mais tarde. Na Hora do Angelus estaremos em orações, na esperança e pedindo pela sua paz de espírito.
Com admiração e saudade,
Sílvio Mendes e família.