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Nível do Parnaíba deve subir com liberação de mais água da Barragem de Boa Esperança

O nível da barragem de Boa Esperança alcançou 85% e será necessário aumentar a vazão nas comportas para liberação de um volume maior da água que chega do extremo Sul e do cerrado piauiense, sobretudo da região de Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande de Ribeiro e Santa Filomena, onde tem chovido muito nos últimos dias

O secretário de Estado da Defesa Civil, José Augusto Nunes, se reuniu, na quinta-feira (6), com as equipes da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), para entrar em entendimento sobre as próximas ações em relação ao rio Parnaíba, que permanece na cota de alerta de inundação.

O nível da barragem de Boa Esperança alcançou 85% e será necessário aumentar a vazão nas comportas para liberação de um volume maior da água que chega do extremo Sul e do cerrado piauiense, sobretudo da região de Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande de Ribeiro e Santa Filomena, onde tem chovido muito nos últimos dias.

“Uma situação atípica que estamos vivendo, pertinente ao volume útil de água da Barragem Boa Esperança, que atingiu, ainda no mês de dezembro, 80% da sua capacidade e requer muito mais atenção e monitoramento por parte dos órgãos. Tivemos uma reunião com a Chesf e CPRM para melhor otimizar as ações da Defesa Civil, sempre ouvindo todos e buscando soluções para salvar vidas. A Defesa Civil tem prestado assistência aos atingidos pelas enchentes, tanto nas cidades de Uruçuí e Floriano como aqui em Teresina, contribuindo com cestas básicas e colchões. Estamos em parceria com a Sasc e o Corpo de Bombeiros, que está na linha de frente, atuando nos casos que mais exigem atenção e cuidado para garantir a proteção às famílias”, explicou o secretário José Augusto.

A reunião
No encontro de quinta-feira com a Chesf e o CPRM, foram discutidos o atual cenário dos rios que banham o Piauí, a situação da barragem de Boa Esperança, ações articuladas entre as entidades e a integração de plataformas para monitoramento do nível das águas.

Os participantes do encontro avaliaram o volume das precipitações atípico no mês de janeiro que ocasionaram a elevação dos rios no Centro e no Sul do Estado. “É uma situação inédita apresentarmos níveis altos dos rios nesse período, o que era mais comum no final de março. Por enquanto, a situação está controlada, mas devemos estar preparados em caso de inundação e proteger as famílias ribeirinhas que possam ser atingidas”, adiantou José Augusto Nunes.

O secretário destaca a importância da integração entre os órgãos em possíveis situações emergenciais. “Esse encontro foi para nivelar ações entre todos os atores envolvidos no sistema de Defesa Civil, sobretudo em casos de urgência. As informações da Chesf, condensadas pela CPRM, são importantes para que as pessoas possam ser retiradas previamente, como aconteceu em Floriano”.

Gilberto Pereira da Silva, chefe da Residência da CPRM, em Teresina, revelou que a entidade tem uma plataforma que informa sobre inundações oito horas antes delas ocorrerem. “Os dados que temos através de monitoramento da barragem e dos rios nos permite prever a cota de inundação com bastante antecedência para que Corpo de Bombeiros e Defesa Civil possam agir junto às comunidades mais vulneráveis”, explica Gilberto.

A CPRM emite até três boletins hidrológicos diários sobre a vazão da Barragem de Boa Esperança, que está em 2 mil metros cúbicos por segundo, e informa o comportamento dos rios Parnaíba, Poti, Marataoãn e Longá sobre as cidades banhadas.

Atualmente, segundo a Chesf, o nível de vazão da barragem de Boa Esperança segue estável e com 83% da capacidade. O órgão garante que o reservatório é moderno, digitalizado e possui todas as comportas supervisionadas, sendo modelo do Sistema Eletrobrás no Nordeste.

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