Política

CPI da Pandemia recebe auditorias contra aliados políticos de Ciro Nogueira no Piauí

Membro da CPI, senador tem dito que é mais importante apurar a "corrupção no meio de uma pandemia"

Já constam dos arquivos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia algumas informações de investigações existentes no estado do Piauí que recaem sobre recursos destinados pelo governo federal para o combate à pandemia da Covid-19, entre elas auditorias contra aliados políticos de Ciro Nogueira, a exemplo da gestão última da Prefeitura de Teresina – que continha membros pertencentes ou orbitando grupo político próximo ao senador da República.

O parlamentar, membro da comissão instalada no Senado Federal, disse que é de extrema importância apurar supostos malfeitos com recursos federais nos estados e municípios e apresentou requerimentos solicitando informações a órgãos como a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério Público estaduais e Tribunais de Contas dos estados, além das Polícias Civis estaduais – que no Piauí não tem histórico de combate à grossa corrupção, além de que não tem competência para atuar em casos envolvendo recursos federais, sendo sempre, quando é, uma mera coadjuvante.

Como noticiou o Blog Bastidores, do 180graus.com, nesta quinta-feira (14) já constavam do banco de dados da comissão parlamentar de inquérito do Senado Federal informações repassadas sobre investigações tocadas pelo Ministério Público Federal no Piauí e pelo Tribunal de Contas local.

Em meio a essas informações, as oriundas do TCE-PI, que fiscalizou até agora recursos da ordem de  R$ 156.190.696,94, sendo que destes no mínimo R$ 51.651.958,80 foram repassados do governo federal para aliados de Ciro Nogueira, a Prefeitura de Teresina em sua última gestão. 

Os casos envolvem auditorias do Tribunal de Contas na “Contratação de empresa para instalação do Hospital de Campanha Anexo ao Hospital de Urgências de Teresina – FMS Teresina” (17.783.902,80) e a “Aquisição de testes rápidos para detecção da SARS-COV-2 – FMS Teresina” (R$ 33.868.056,00).

A órgãos de comunicação Brasil afora, Ciro Nogueira tem dito que é mais importante apurar “corrupção no meio de uma pandemia” e que a comissão deveria começar a chamar aqueles que supostamente desviaram recursos públicos.

A comissão em que Ciro Nogueira é membro recebeu já um honroso material.

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