O governador Wellington Dias (PT) reagiu às declarações do relator da Reforma Tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), de que os estados devem discutir a redução do ICMS para baratear os combustíveis. O relator comparou a situação como uma guerra, onde cada um precisa fazer sua cota de sacrifício.
Para Wellington Dias, já foi provado que é falácia atribuir a alta dos combustíveis aos estados.
“Já provamos que é falácia acusar que o ICMS é o vilão e estados e municípios os culpados do preço dos combustíveis. Desde outubro do ano passado aprovamos o chamado congelamento dos preços de referência para ICMS nos combustíveis e seguiram subindo os preços da gasolina e diesel em todas as regiões do Brasil, até 7 aumentos”, afirmou o coordenador no Fórum Nacional de Governadores.
De acordo com o governador, colocar a culpa nos estados é uma forma de fugir da solução.
“É a internacionalização do preço que causa os aumentos. Botar a culpa nos outros e não atacar o problema é fugir da verdadeira solução para este grave problema do povo brasileiro e encher o bolso dos mais ricos com R$ 103 bilhões que sai do bolso de quem abastece sua motocicleta de gasolina”, desabafou Dias.
Segundo o governador, o Brasil vive uma guerra interna, onde o responsável pelo bombardeio aos estados é o governo federal.
“Estados e municípios vivem um bombardeio permanente, somos a Ucrânia e o Poder Central no Brasil é um bombardeio em cima do outro. A regra do IPI é crime eleitoral, e somada com proposta dos combustíveis, não compensação adequada da lei Kandir, não repasse do complemento adequado dos 33% do piso dos professores, regra do comércio eletrônico que altera receita e desmantela comércio presencial, significa perdas”, explica o governador, estimando que só o Piauí perderia R$ 900 milhões.
“Sendo concretizado para o Piauí significa perdas da ordem de R$ 900 milhões. Imagine para os 27 Estados e DF e cerca de 5.600 municípios? E tudo sem diálogo. É para fins eleitoreiros de forma a desequilibrar estados e municípios para causar um caos social. Tempos de guerra mesmo”, finalizou.