PF prende dupla que recebeu R$ 2,7 milhões oriundos de fraude
O valor do prejuízo evitado, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 8,5 milhões
A Polícia Federal, com apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, deflagrou, nesta segunda-feira (24/05), em Teresina/PI, a Operação Múltiplas Faces, com a finalidade de reprimir crimes previdenciários.
As investigações, iniciadas a partir de duas prisões em flagrante realizadas em agências da Caixa Econômica Federal (CEF) em Teresina/PI, nos dias 01/02/2019 e 13/08/2020, apontaram a existência de uma associação criminosa formada por três mulheres que, mediante falsificação de documentos, se passavam e, também aliciavam terceiras pessoas, para se passarem por segurados do INSS com o objetivo de realizarem transferências de benefícios previdenciários para possibilitar saques e empréstimos consignados nos benefícios dos verdadeiros segurados.
Foram cumpridos pela Polícia Federal seis mandados judiciais, sendo três de prisões temporárias e três de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina. A operação contou com a participação 14 policiais federais.
Até o momento foram identificadas fraudes em 17 benefícios, com prejuízo efetivo de aproxima-se de R$ 2,7 milhões. O valor do prejuízo evitado, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 8,5 milhões.
As envolvidas poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado (Art. 171, §3º), associação criminosa (Art. 288), falsidade ideológica (Art. 299), e uso de documento falso (Art. 304), todos do Código Penal Brasileiro, cujas penas máximas acumuladas podem chegar a 20 anos de prisão.
O nome da Operação, Múltiplas Faces, é uma referência ao fato de as investigadas assumirem diversas outras identidades para possibilitar a fraude aos cofres da União.