Conselheiro Carlos Júnior propõe moção de louvor aos 100 anos de Celso Barros
Celso Barros Coelho é Membro Honorário Vitalício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Piauí, autor de livros que norteiam a advocacia e a literatura no seio da Justiça Nacional
O Conselheiro Federal Titular da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), Carlos Augusto Júnior, apresentou uma moção de louvor ao centenário de vida do piauiense Celso Barros Coelho, um dos maiores nomes da advocacia brasileira. A iniciativa foi aprovada por unanimidade no plenário da OAB Nacional.
Durante a sessão do Conselho Pleno da Ordem, em Brasília-DF, Carlos Jr ressaltou a trajetória contributiva do homenageado, que completou 100 de vida no dia 11 deste mês de maio, com quem teve a honra de conviver por doze anos e meio, diariamente, em seu escritório, no centro de Teresina, Piauí.
Celso Barros Coelho é Membro Honorário Vitalício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Piauí, autor de livros que norteiam a advocacia e a literatura no seio da Justiça Nacional.
Presidente da instituição piauiense no período de 1963 a 1974, o advogado possui uma trajetória marcante de conquistas e realizações. A Seccional OAB do Piauí realiza sessão solene em sua homenagem nesta sexta-feira (20).
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Celso Barros Coelho iniciou seus estudos em 1938, aos 16 anos, no Seminário Menor de Teresina, do qual foi seminarista até 1945. Dali, começou a sua sólida formação, com domínio do latim, grego, francês, italiano e espanhol, além de ser profundo conhecedor da língua portuguesa e da literatura brasileira e universal. Após a conclusão do Seminário, adveio logo convite da Igreja Católica para morar na Itália, o qual teve que recusar, pela impossibilidade de sair do Brasil, naquele período, haja vista ser órfão de pai e, sendo o primogênito, por considerar-se, ao lado de sua mãe, também responsável pelo destino dos irmãos. Permaneceu em Teresina e iniciou a sua brilhante carreira no magistério, no nível primário e secundário, sendo professor do próprio Seminário Menor de Teresina, Colégio Diocesano, Colégio das Irmãs, Liceu Piauiense, Colégio Demóstenes Avelino e Escola Normal Antonino Freire, com as disciplinas de português, francês, latim e grego.
Graduado pela Faculdade de Direito do Piauí em 1953, o advogado tornou-se professor titular da Universidade Federal do Piauí na cadeira de Direito Civil. Lecionou também como professor visitante na Universidade de Brasília, na Escola Superior da Magistratura do Piauí e na Escola Superior da Advocacia do Piauí integrando o seu conselho diretor. O advogado foi procurador autárquico federal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, além disso, ocupou funções como juiz de direito, promotor de justiça e auditor.
Celso Barros acumulou uma abastada cultura literária, filosófica e jurídica. É escritor com dezenas de livros publicados, imortal da Academia Piauiense de Letras. O centenário também integra os quadros do Instituto Luso-Brasileiro de Direito Comparado (Rio de Janeiro); Instituto de Direito Natural (Brasília); Instituto dos Advogados Piauienses; Instituto dos Advogados Brasileiros (Rio de Janeiro); Academia Piauiense de Letras Jurídicas; Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Ao enveredar para a política partidária, foi Deputado Estadual eleito, com mandato cassado pela Ditadura de 1964, e Deputado Federal por dois mandatos, sendo vice-líder e líder dos partidos aos quais se filiou. Prestou assessoramento jurídico na elaboração das Constituições Estaduais do Piauí, Maranhão e Tocantins. Na Câmara Federal, atuou como relator e autor de importantes Projetos como: Código Civil Brasileiro (relator do Livro V – Direito das Sucessões); Lei do Inquilinato (autor de emenda e relator de outro projeto); Lei das Execuções Penais (relator); Lei de Regulamentação do Divórcio (autor de um dos Projetos).
Sendo um dos mais geniais advogados piauienses, Celso Barros Coelho possui um dos currículos mais ricos da advocacia, digno dos seus 100 anos de vida.