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DHPP prende terceira suspeita de morte de adolescente

O corpo de Maria Camila foi encontrado em abril no povoado Boquinha.

Uma terceira mulher suspeita de envolvimento no assassinato de Maria Camila Ferreira Silva, de 16 anos, foi presa em Teresina, pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Outras duas mulheres foram presas ontem (9), sendo que uma delas possui posição de liderança em uma facção criminosa.

Maria Camila teria sido vítima do ‘Tribunal do Crime’. O corpo da adolescente foi encontrado no dia 27 de abril em uma região de mata no povoado Boquinha, próximo ao Rodoanel, na Zona Sudeste de Teresina. Ela estava desaparecida desde o dia 23 de abril, e a família chegou a receber uma foto pelo WhatsApp, que pode ter sido a última da adolescente com vida, onde ela aparece com o cabelo raspado, chorando e com a roupa que estava quando foi encontrada morta.

Após a prisão de duas mulheres na quinta-feira, a terceira não foi localizada, mas logo depois ela se apresentou e foi presa ainda ontem pelo DHPP. Ela é irmã de uma das das suspeitas.

Investigação apontou que a motivação do crime, seria o fato da adolescente Maria Camila ter uma tatuagem que faz referência a uma facção criminosa. Ela frequentava um prostíbulo, e uma pessoa de um grupo rival teria visto a tatuagem.

Segundo o delegado geral, Luccy Keiko, uma das presas, identificada apenas como Tamires, mais conhecida como Bibi, possui uma posição de liderança em uma facção criminosa, e ao saber que tinha uma pessoa com uma tatuagem de uma facção rival, determinou a execução dela.

“Perceberam ali conversando, que ela [Maria Camila] se dizia ser integrante do Bonde dos 40, que tinha tatuagem e foi aquela coisa de uma hora para outra. Ligaram para a Bibi dizendo que tinha uma pessoa do Bonde dos 40. E ela pediu para levar a menina lá, e isso terminou com a morte dela. Uma imbecilidade essas facções criminosas, verdadeiras pessoas sem noção nenhuma, mas de extrema periculosidade, que matam uma pessoa à toa”, criticou o delegado.

O delegado Francisco Baretta destacou que a investigação ainda está em andamento, para saber se foram apenas essas três mulheres que participaram do crime.

“Está sendo investigado, esse inquérito não foi concluído, a delegada está fazendo uma excelente investigação criminal, a operacionalidade do DHPP toda voltada nesse sentido, porque vamos dar um baque muito grande nessas facções criminosas. Essa Tamires, a Bibi, vivia de encontro com as outras em um cabaré onde tinha encontro com esses bandidos. A morte dessa moça, a polícia tem mais ou menos a pista do veículo que levou ela para o local onde foi executada. O estado tem que agir forte, como está sendo feito aqui, o inquérito não está encerrado, ainda falta muita coisa para investigar, para que nenhuma pessoa fique fora da investigação e indiciamento”, destacou.

Segundo o delegado, durante a prisão ontem, uma das presas chegou a declarar que “X9” tinha que morrer. “O bandido, só em ser bandido já é audacioso. Então ela disse dentro do carro, que X9 tinha que morrer, você vê uma pessoa dessa, é tão hipócrita, que às vezes não sabe o sentido das palavras e termina se complicando. Isso realmente não é relevante para a polícia, é relevante para ela porque isso está anotado e vai ser levado para o magistrado, para que na dosimetria seja analisado”, afirmou.

Fonte: cidadeverde.com

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