Dudu critica decisão de Deolindo que antecipa eleição na CMT
"Confesso que, no meu 3º mandato, essa foi a primeira proposição do PT que nós não discutimos enquanto bancada. Eu disse para o Deolindo. Não discutimos enquanto bancada, enquanto partido”, reclamou Dudu
Surpreso com a proposição do colega de partido, Deolindo Moura, de antecipar a eleição para presidência da Câmara Municipal de Teresina, o vereador Edilberto Borges (PT), o Dudu, disse nesta terça-feira (14) que é a primeira vez em que um parlamentar do Partido dos Trabalhadores toma a iniciativa sem consultar a bancada.
“Confesso que, no meu 3º mandato, essa foi a primeira proposição do PT que nós não discutimos enquanto bancada. Eu disse para o Deolindo. Não discutimos enquanto bancada, enquanto partido”, reclamou Dudu.
Segundo ele, no PT há uma hierarquia e sempre decisões importantes são levadas em discussão. “A bancada é uma instância, mas ela é submissa a executiva e ao diretório. Em todas as decisões nós discutimos. Essa não houve discussão nenhuma”, declarou.
Dudu ressaltou que Deolindo tem autonomia para fazer a proposição, no entanto, pela surpresa que causou, não houve discussão que pudesse terminar em um entendimento.
“Isso é um crime que o Deolindo está cometendo? Não. Temos autonomia, mas concordo em dizer que esta foi a primeira decisão em que o vereador Deolindo tomou sem comunicar a mim e a bancada. É uma decisão dele e não da bancada, por isso que há a divergência. Se tivesse discussão talvez tivesse entrado em um consenso na bancada. É uma posição dele e sou contrário. Não fui convencido do argumento e muito pior da conveniência do momento”, finalizou.
A proposição de Deolindo Moura foi subscrita por pelo menos 17 parlamentares da Casa. A eleição da Mesa Diretora poderia acontecer até o dia 31 de dezembro, quando termina o mandato do atual presidente, Jeová Alencar (Republicanos).
Durante a sessão de hoje, uma chapa encabeçada pelo vereador Enzo Samuel (PDT), ex-líder do prefeito, foi lançada.
O requerimento de Deolindo foi aprovado com duas abstenções: o próprio Dudu Borges (PT) e Ismael Silva (PSD).