‘Não compactuo’, diz Bolsonaro sobre prisão de ex-ministro
Presidente lamentou a prisão do ex-ministro e afirmou que, se ele for culpado, vai pagar, e o governo irá colaborar com a investigação
Ao comentar a prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22/6), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o governo federal “não compactua com nada disso”.
“É como a questão do Milton, lamento. A imprensa vai dizer que tá ligado a mim, etc. Paciência. Se tiver algo de errado, ele vai responder. Se tiver… Se for inocente, sem problema; se for culpado, vai pagar. O governo colabora com a investigação. A gente não compactua com nada disso”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Itatiaia.
“Agora, não sei qual a profundidade dessa investigação. No meu entender, não é aquela orgânica, porque nós temos os compliances nos ministérios. Qualquer contrato, qualquer negócio não passa”, prosseguiu ele.
Bolsonaro disse ainda que a Controladoria-Geral da União (CGU) está atuando nessa investigação ajudando a elucidar o caso.
“Lamento, gostaria que não tivesse acontecido nada disso, mas se a PF prendeu, tem um motivo, tem um motivo. E o ex-ministro vai se explicar. Nós afastamos o ministro na hora que tinha que afastar, quando pintaram as denúncias, até para ele poder ter mais liberdade para se defender”, concluiu o presidente.
Minutos antes, Bolsonaro havia dito que a prisão do ex-auxiliar é um sinal de que ele, como presidente, não interfere na Polícia Federal (PF). “Ele (Milton Ribeiro) que responda pelos atos dele. É sinal que não interfiro na PF”, pontuou.
Em março deste ano, pouco antes da demissão de Milton, o mandatário da República chamou de “covardia” o que estavam fazendo com seu então ministro. “Eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Uma covardia o que estão fazendo”, afirmou ele em transmissão ao vivo no dia 24 de março.