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Procissão das Sanfonas celebra 75 anos de ‘Asa Branca’

A concentração da caminha aconteceu na Catedral de Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva, onde ocorreu a benção da sanfonas e depois a procissão seguiu até o Museu do Piauí, no Centro de Teresina.

Centenas de músicos participaram, na tarde desta terça-feira (2), da 14ª Procissão das Sanfonas em homenagem aos 75 anos da música ‘Asa Branca’, de Luiz Gonzaga, e os 80 anos do cantor e compositor Gilberto Gil. A concentração aconteceu na Catedral de Nossa Senhora das Dores, na Praça Conselheiro Saraiva, depois seguiu em caminhada até o Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes.

Segundo o sanfoneiro Vagner Ribeiro, na ocasião os artistas vão celebrar um dos principais músicos que carregam o legado do Rei do Baião, o cantor e compositor Gilberto Gil, que completou 80 anos no dia 26 de junho.

Foto: Reprodução

“Hoje também a procissão faz essa celebração do aniversário de Gilberto Gil que, diga-se de passagem, é um dos maiores ganzaguianos que nós temos. Ele trabalhou com Luiz Gonzaga, trouxe o Rei do Baião na década de 60, quando ele já era considerado um velho, e Gil vai lá com o Tropicalismo, juntamente com o nosso Torquato Neto, e Caetano Veloso e puxa Luiz Gonzaga para o cenário. Então, Gil tem essa importância pelo resgate dessa nossa memória. Ele está vivo e super musical, vale muito a pena comemorarmos Gilberto Gil”, afirmou Vagner.

Vagner também explicou porque a música homenageada, Asa Branca, é um hino nordestino e merece a celebração.

Foto: Reprodução

“Ela não é um arranjo só, ela faz parte de um coletivo, de uma harmonia que a gente pode chamar de nordestina, que os gregos chama de mixolídio. Que nada mais é que um modo que tem esse lamento de uma sétima menor. Então Asa Branca é feita em cima disso, o aboio também é presente, a expressão do povo na religiosidade, então por isso que digo que essa música não é só, ela é um coletivo de sentimentos”, destacou o sanfoneiro.

O professor de sanfona Luís Marcos, que também é um jovem sanfoneiro, participou todos os anos da procissão e afirmou que muitos iniciantes da música começam a aprender a tocar a sanfona, por exemplo, com a música Asa Branca, pelo seu caráter especial.

Foto: Reprodução

“Luiz Gonzaga gostava de dizer que sanfona é um instrumento orquestral, então perto da sanfona cabe uma viola de 10 cordas, cabe o pífano, o pandeiro, a zabumba, ou seja, a sanfona é o nosso pretexto mas na verdade a cultura popular vem completa para essa caminhada. Há espaço para todos de todas as idades”, declarou o músico Vagner.

Fonte: g1piauí.com

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