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PM que matou Leandro Lo também era do jiu-jítsu

Fátima Lo falou deu a declaração na frente do cemitério onde o corpo do atleta era velado, na Zona Sul de São Paulo. Vítima foi morta com tiro na cabeça após briga durante show, no sábado (6). Policial suspeito de atirar no atleta, Henrique Otávio Oliveira Velozo, foi preso no domingo (7).

Fátima Lo, mãe de Leandro Lo Pereira do Nascimento, campeão mundial de jiu-jítsu, disse nesta segunda-feira (8) que o policial militar que atirou e matou seu filho também era praticante da arte marcial, conhecia o atleta e provocou a confusão num show de pagode no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, neste final de semana.

“Ele era lutador na vida, nos tatames ele só trouxe alegria para a gente. Muito preocupado com a família. Ele era a alegria em pessoa e uma pessoa que fez isso com ele… E a pessoa conhecia ele, porque era do jiu-jitsu também, e acabou acontecendo. A pessoa já foi para isso, com certeza já foi pra isso, só que a gente não sabe o porquê.”

“Porque não tem explicação, a forma estúpida que aconteceu. Porque ele provocou uma confusão gente, justamente para o Leandro reagir e nessa ele tirou a vida do meu filho”, disse Fátima em entrevista à TV Globo.

A declaração foi dada na frente do Cemitério do Morumby, na Zona Sul da capital, onde acontecia o velório de Leandro. O atleta morreu neste domingo (7) após ser baleado na cabeça pelo tenente da Polícia Militar (PM) Henrique Otávio Oliveira Velozo durante apresentação do grupo Pixote.

Henrique, que estava de folga e sem farda no dia da briga, se apresentou ainda no domingo à Corregedoria da PM, onde foi preso. A Polícia Civil, que investiga o caso, pediu a prisão do policial militar. Por determinação da Justiça, o tenente foi preso temporariamente por 30 dias. Ele está detido no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do PM para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.

Reprodução Redes Sociai

Mais cedo, a mãe de Leandro postou uma homenagem ao filho nas redes sociais.

“Meu herói, lindo da mãe! Você foi um presente de Deus na minha vida. Vou sentir tanta sua falta, tá faltando um pedaço de mim. Te amo eternamente filho amado. Guardarei as lembranças boas que foram muitas. Vc fazia eu me sentir a mãe mais amada do mundo. Muito obrigada pelo seu amor , seu cuidado. Te amo muito, saudade eterna”, escreveu Fátima Lo.

O corpo do atleta foi velado na manhã desta segunda (8), no Cemitério do Morumby, na Zona Sul de São Paulo.

Foto: Reprodução

O PM era procurado após fugir da cena do crime, segundo testemunhas. Ele se apresentou na Corregedoria da PM no final da tarde do domingo (7).

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que o policial se apresentou à Corregedoria e que será levado para prestar depoimento no 17º DP, responsável pela investigação. “Em seguida, será encaminhado ao Presídio Romão Gomes, permanecendo à disposição da Justiça”, diz a secretaria em nota.

Discussão em show

Velozo teria sido a pessoa que atirou na cabeça de Leandro Lo durante uma discussão em casa de show no bairro de Indianópolis, Zona Sul da capital paulista, na noite de sábado (6).

Segundo o advogado do lutador, Leandro teve morte cerebral confirmada. Oficialmente, a Secretaria de Saúde não confirma a informação a pedido da família.

No documento enviado à Justiça, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo define o policial militar como “autor do homicídio”.

De acordo com o advogado da família de Lo, Ivan Siqueira Junior, o lutador teve uma discussão com o PM. Para acalmar a situação, Lo imobilizou o homem que, após se afastar, sacou uma arma e atirou uma vez na cabeça do lutador.

O advogado conta que, após o tiro, o agressor ainda deu dois chutes em Leandro no chão e fugiu em seguida. Pouca gente ouviu o barulho do tiro porque o som estava alto em função do show.

Um amigo do lutador que presenciou o crime disse que o autor do tiro estava sozinho e provocou Lo e cinco amigos, que estavam numa mesa.

“Ele chegou, pegou uma garrafa de bebida da nossa mesa. O Lo apenas o imobilizou para acalmar. Ele deu quatro ou cinco passos e atirou”, disse a testemunha, que pede para não ser identificada.

O atleta foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, também na Zona Sul de SP.

Fonte: g1.com

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