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Coordenadora do CNS critica falta de medicamento no país

Em entrevista à TV Clube, ela contou que a situação, apesar de não ser nova, é preocupante, pois é um reflexo de problemas administrativos do próprio Governo Federal.

“Um desrespeito à vida”, essa foi a frase utilizada pela coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Débora Melecchi, para expressar o atual cenário em que estados brasileiros, incluindo o Piauí, estão passando devido à falta de medicamentos. Em entrevista à TV Clube, ela contou que a situação, apesar de não ser nova, é preocupante.

O desabastecimento que vem ocorrendo é um reflexo de problemas administrativos do próprio Governo Federal. “O Brasil tem uma dependência externa muito grande e o Governo Federal tem tomado atitudes muito morosas, de morosidade. Além do fato de não ter uma coordenação de apoio aos estados e municípios, somados às atitudes tomadas nos últimos períodos para resolver questões muito pontuais e não a situação como um todo”, ressaltou a coordenadora.

Na capital piauiense, Teresina, aqueles que procuram hospitais da rede pública municipal estão tendo que lidar com a falta de soro fisiológico e dipirona, tanto injetável quanto pediátrica. A informação foi confirmada, na última terça-feira (09), por Gilberto Albuquerque, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

A Agência Nacioal de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de nota técnica, informou um total de 20 medicamentos que podem estar em falta no mercado brasileiro, além do soro e da dipirona, alguns antibióticos usados em pós-operatórios integram a lista *(confira ela completa abaixo). Além disso, o Ministério da Saúde já realizou reuniões para tratar sobre o problema, destacando que uma das maiores dificuldades é conseguir importar os remédios pela falta de matéria-prima na origem da produção, e que não há, portanto, como atender o mercado.

*Lista de medicamentos divulgada pela Anvisa que podem faltar no mercado:

  • Acetato de fludrocortisona 0,1 mg comp;
  • Acetato de leuprorrelina 11,25 mg po liof sus inj
  • Amicacina sulfato 250 mg/ml sol inj;
  • Aminofilina 24mg/ml sol inj;
  • Ciclofosfamida monoidratada 50 mg com rev lib retard;
  • Cloreto de sódio 0,9% 100ml
  • Cloreto de sódio 0,9% 500ml;
  • Cloridrato dopamina 5mg/ml sol inj;
  • Dipirona 500mg/ml sol inj;
  • Fitomenadiona 10 mg/ml sol inj;
  • Formoterol 6mcg + budesonida 200mcg po ina;
  • Furosemida 10 mg/ml sol inj;
  • Imunoglobulina humana 5,0 g;
  • Mesilato desferroxamina 500 mg po liof sol inj;
  • Metilsulfato de neostigmina 0,5 mg/ml sol inj;
  • Ocitocina 5 ui/ml sol inj;
  • Rivasti gmina 2 mg/ml sol oral;
  • Sacarato de hidróxido de ferro 20 mg/ml sol inj;
  • Sulfato de magnésio 10% e 50 % sol inj;
  • Vigabatrina 500 mg comp

Estoque para 30 dias

O presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, confirmou, nesta quinta-feira (11), que o órgão já está recebendo estoque de soro e dipirona injetável para cerca de um mês. “Então, pelos próximos 30 dias está assegurado que não faltará soro nem dipirona injetável. Vamos continuar trabalhando para adquirir os demais medicamentos e insumos. Depois desses 30 dias, ter um estoque que a gente possa aliviar essa situação”, disse.

Foto: Reprodução

Câmara Municipal de Teresina

Os vereadores de Teresina convocaram a presença do presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, para solicitar esclarecimentos sobre a falta de remédios na capital.

Na sessão plenária, que aconteceu nesta quarta-feira (10), os vereadores usaram a tribuna para criticar a ausência de medicamentos e solicitar um posicionamento da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT). O vereador Luiz Lobão (MDB) disse que vai propor uma audiência pública com o presidente da FMS para esclarecer o desabastecimento, que pode afetar a realização de cirurgias no Hospital de Urgência de Teresina.

Fonte: clubenews.com

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