Aliados criticam Bolsonaro por sua postura em debates
Acessores e aliados sobre preparação para debates.s
Assessores e aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm feito críticas à decisão do candidato de não se preparar para entrevistas e debates.
Para pessoas próximas a Bolsonaro, a postura “rebelde” do presidente o prejudica. Avaliam que, se ele aceitasse se preparar, “talvez” não tivesse cometido o “erro grave” de atacar as mulheres durante o debate do último domingo (28), exibido pela TV Bandeirantes.
O resultado da falta de preparo, avaliam assessores e aliados, é que o ataque de Bolsonaro às mulheres virou o tema principal desta semana e tem sido bem explorado por adversários, como as candidatas Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).
Na avaliação de aliados, mais uma vez Bolsonaro acaba sendo o próprio “principal inimigo”.
“Ele ganha de um lado e, logo depois, parece fazer questão de perder de outro. Foi assim no debate, estava ganhando no campo da corrupção e, depois, ele mesmo fez questão de jogar contra no tema mulheres”, avaliou ao blog um auxiliar direto de Bolsonaro.
No debate de domingo (28), Bolsonaro foi o único dos candidatos a não levar para os estúdios o marqueteiro de sua campanha. E fez questão de dizer que não faz treinamento. Só que aí, destacam aliados, fica incontrolável e acaba errando “feio”.
Alertas ao candidato
A equipe de Bolsonaro tem procurado alertá-lo de que a campanha deste ano não é como a de 2018, quando o candidato “veio por fora” e “atropelou” os adversários.
Agora, ressaltam, Bolsonaro é o presidente e está no centro dos ataques dos outros candidatos, tendo vários pontos negativos a serem explorados pelos adversários.
Entre integrantes da campanha, por sinal, o grupo que era contra a participação em debates no primeiro turno ganhou força. Esses auxiliares não queriam, por exemplo, que ele fosse ao evento de domingo, mas o presidente fez questão de ir.
Agora, estão se posicionando contra sua ida a novos debates no primeiro turno e restringir até as entrevistas, evitando o que seu comitê classifica de “jornalistas ativistas”.
Fonte: g1piauí