Operação no Piauí é ‘ponta do iceberg’, diz deputado federal
“É só a ponta do iceberg. Se a Policia Federal tiver mais recursos e meios de investigação, vai encontrar muito mais.”
O deputado Márcio Labre (PSL), que votou contra a PEC do Fundeb, na semana passada, disse a O Antagonista que a operação de hoje no Piauí revela a intenção de “alguns interessados” na aprovação da proposta — o Senado vai apreciá-la, provavelmente, no início de agosto.
A Polícia Federal deflagrou operação que tem como alvo a deputada Rejane Dias, mulher do governador do Piauí, Wellington Dias, ambos do PT. Segundo as investigações, em 2015 e 2016, agentes públicos da Secretaria de Educação, comandada por Rejane Dias, se associaram a empresários do setor de locação de veículos para o desvio de, no mínimo, R$ 50 milhões do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate).
“Sabemos que boa parte das intenções dos que estavam interessados na aprovação da PEC do Fundeb consistia em fraudar números e resultados, visando, na verdade, ampliar a receita dos municípios para eventuais desvios de finalidade”, afirmou Labre.
Para o parlamentar, as investigações no Piauí, governado pelo PT desde 2015, “é apenas uma amostra do que acontece” com os recursos do fundo país afora.
“É só a ponta do iceberg. Se a Policia Federal tiver mais recursos e meios de investigação, vai encontrar muito mais.”
Labre também afirmou que votou contra a PEC porque defende “as reduções do tamanho do Estado e do comprometimento do orçamento público”.