Política

O último suspiro de Ciro Nogueira

Neste sábado (15), o presidente da República e candidato à reeleição realizou ato em Teresina, onde discursou somente para sua bolha

O desastre que foi a campanha do grupo coordenado pelo ministro Ciro Nogueira (PP) no Piauí ainda tenta uma última guinada. Na beira do abismo, o ministro aposta todas suas fichas na reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Neste sábado (15), o presidente da República e candidato à reeleição realizou ato em Teresina, onde discursou somente para sua bolha. Numericamente, o evento foi menor que o de lançamento da candidatura de Rafael Fonteles em meados de agosto, que aconteceu no mesmo espaço.

Ciro está no mato sem cachorro. Perdeu o Governo do Piauí com Sílvio Mendes (UB), o Senado com Joel Rodrigues (PP), deixou a ex-esposa Iracema Portella (PP) sem mandato, além de render míseros 400 mil votos para Bolsonaro no Estado. Vale lembrar que Ciro sempre se gabou de contar com apoio de mais de 120 prefeitos, no entanto, quem venceu em todos os municípios foi Lula (PT).

Bolsonaro obteve 406.897 votos (19,90%) enquanto Lula obteve 1.518.008 de votos (74,25%) no Piauí. A expectativa é de que Lula possa ultrapassar os 80% neste segundo turno.

O desempenho vergonhoso mostrou realmente o quão pequeno é Ciro Nogueira dentro da cena política piauiense. Ele só chegou ao Senado após se aliar ao grupo de Wellington Dias (PT). Ciro sempre se alia aos que ocupam o poder, assim foi com Lula, com Dilma, com Temer e agora com Bolsonaro. Sem o apoio de Wellington, Ciro possivelmente ainda estaria como deputado federal, no baixo clero e atendendo ordens de terceiros.

Hoje é senador e ministro da Casa Civil, mas o reinado pode estar com os dias contados. A provável eleição de Lula simboliza o fim da ‘hegemonia’ de Ciro Nogueira, que já deixou claro e sempre foi um político apenas de ‘estrutura’. Longe do grupo que comanda o Governo do Estado, Ciro e sua trupe ficarão isolados e a ver navios.

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