Política

Roberto Jefferson negociou indulto com aliados de Bolsonaro

Depois que o presidente deu o perdão judicial a Silveira, Jefferson enviou emissários ao Palácio do Planalto para tentar conseguir o mesmo benefício.

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) tentou durante alguns meses conseguir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedesse a ele perdão judicial, o mesmo dado ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) em abril deste ano.

Segundo informações da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, Jefferson enviou emissários para falar com interlocutores de Bolsonaro, incluindo ministros.

O advogado do ex-parlamentar, Luis Gustavo Cunha, chegou a redigir uma minuta de decreto e enviou para o Palácio do Planalto. O rascunho chegou a Bolsonaro, mas nunca houve resposta.

Na avaliação de Roberto Jefferson, o mandatário devia a ele o mesmo benefício que concedido a Silveira, porque acreditava que as situações dos dois eram parecidas.

Ao perdoar Silveira, Bolsonaro cancelou a pena de 8 anos e 9 meses de prisão, além da perda do mandato e dos direitos políticos, por atos antidemocráticos e ameaças aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Jefferson foi preso em agosto do ano passado também por ataques a ministros da Corte. Em janeiro passado, o ministro Alexandre de Moraes transformou a prisão preventiva em domiciliar, mas o ex-parlamentar deveria seguir uma série de restrições, como usar redes sociais para se comunicar.

No entanto, desde setembro, Jefferson ataca Alexandre de Moraes e, na última sexta-feira (21), chamou a ministra Carmem Lúcia de “prostituta”, “vagabunda” “arrombada”.

Aliado próximo de Bolsonaro, Jefferson atacou no domingo (23) agentes da Polícia Federal que cumpriam mandado de prisão. Ele se entregou após 8 horas desrespeitando ordem do STF.

O petebista começou a cumprir prisão no presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. A expectativa é que Jefferson passe pela audiência de custódia às 13h desta segunda (24).

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