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Jornalistas de Teresina sofrem intimidação durante manifestação bolsonarista

Entre os profissionais que sofreram tentativa de intimidação estavam jornalistas das empresas G1 Piauí e GP1, TV Antena 10, Portal Vi Agora e TV O Dia.

Nesta quarta-feira (02/11), ao menos quatro jornalistas sofreram tentativa de intimidação ao tentar realizar a cobertura de uma manifestação feita por bolsonaristas em frente à sede do 25° Batalhão de Caçadores do Exército, em Teresina. Os manifestantes, que não aceitam o resultado da eleição do último domingo (30/10), que elegeu presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pedem por “intervenção federal”.

Entre os profissionais que realizavam a cobertura da manifestação e sofreram tentativa de intimidação estavam jornalistas das empresas G1 Piauí e GP1, TV Antena 10, Portal Vi Agora e TV O Dia. Nas redes sociais, a repórter do portal GP1, Mikaela Ramos, disse ter sido cercada e chamada de vagabunda pelos manifestantes.

“Nunca senti tanto medo de ser agredida. Nunca fui tão hostilizada em toda minha vida. Fui chamada de vagabunda apenas por estar fazendo meu trabalho. Fui cercada, acuada e chamada de vagabunda”, disse a jornalista do GP1 em sua conta do Instagram.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) informaram que repudiam todos os ataques e as tentativas de intimidações contra equipes de jornalistas das empresas de comunicação de Teresina, vivenciados na manhã desta quarta-feira.

Segundo a nota publicada, os manifestantes estavam sob orientação de “nenhum dos apoiadores falasse com a imprensa”. De acordo com o Sindjor-PI, atitudes como essas cerceiam a liberdade de imprensa, o exercício do jornalismo e o papel social do jornalista de informar à sociedade.

O Sindjor-PI também informou que estão incluindo todos na estatística da violência e que acionarão os órgãos de controle social, para que casos como este sejam, devidamente, acompanhados e tomadas as devidas providências, com responsabilização de todos aqueles que cerceiam o direito dos jornalistas ao exercício pleno da profissão.

CONFIRA A NOTA

NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí (Sindjor-PI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam, veementemente, todos os ataques e as tentativas de intimidações contra equipes de jornalistas das empresas de comunicação de Teresina, vivenciados na manhã desta quarta-feira, (2), em frente ao 25º Batalhão de Caçadores, localizado no Centro, durante a cobertura de protestos, causados por manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais no país.

A violência contra jornalistas, até então apurados, das empresas G1 Piauí e GP1, TV Antena 10, Portal Viagora, TV O Dia que realizavam a cobertura dos protestos, quando manifestantes acuraram, intimidaram e agrediram verbalmente e até arrancaram a máscara de proteção facial, que uma estagiária de jornalismo utilizava. Isso sob a seguinte orientação “nenhum dos apoiadores falasse com a imprensa”. Atitudes estas que cerceiam a liberdade de imprensa, o exercício do jornalismo e o papel social do jornalista de informar à sociedade.

Estamos vivenciando momentos de intensas violências contra nossos profissionais, em que tentam nos atacar durante o nosso exercício profissional e até virtualmente. São discursos de ódio proferidos repetidas vezes, na tentativa de nos calar, de nos intimidar e, especialmente, deslegitimar a importância da nossa profissão para a sociedade.

Nosso trabalho diário requer a apuração, a contextualização e ouvir lados possíveis, trabalho árduo que tem contribuído, inclusive, para combater as ondas de Fakenews, tão presentes ao longo das últimas eleições. Não vamos nos calar e muito menos nos intimidar!

Nossa solidariedade aos jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas de todas as empresas afetadas, tais como: Mikaela Ramos, jornalista do GP1; Rayanna Mousinho, jornalista da TV Antena 10, Sthefany Negreiros repórter do Portal Viagora, e Eliézer Rodrigues, da TV O Dia.

Nós estamos incluindo todos na nossa estatística da violência e acionaremos os órgãos de controle social, para que casos como este seja, devidamente, acompanhados e tomadas as devidas providências, com responsabilização de todos aqueles que cerceiam o direito dos jornalistas ao exercício pleno da profissão dentro do nosso estado democrático de direito no país.

Teresina, 2 se novembro de 2022

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí e Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj

Fonte: oitomeia

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