Casos de Covid aumentam, mas uso de máscaras permanece opcional
Confirmação do primeiro caso da BQ.1, subvariante da ômicron, no estado do Rio de Janeiro, coloca governantes e profissionais de saúde em alerta, mas situação é considerada tranquila.
A Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi) informou, nesta quinta-feira (10), que o estado não deve adotar novos decretos que determinem o uso obrigatório de máscaras. A decisão foi tomada após aumento na taxa de positividade nos testes de Covid-19 em Teresina e confirmação do primeiro caso da BQ.1, subvariante da ômicron, no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi), Herlon Guimarães, até o momento, não há nenhum caso confirmado da subvariante no estado.
Nessa quarta-feira (9), o Comitê de Operações Emergenciais do Piauí (COE) se reuniu para definir estratégias de combate ao avanço da doença.
“A reunião é uma antecipação à problemática. Vamos permanecer com o decreto vigente. O que queremos dar de orientação é que coloquem o seu esquema vacinal em dia. A subvariante acontece por um escape da proteção e encontra muita gente que não tomou suas doses”, explicou.
“É muito fraco para quem está com seu esquema completo. Mas para quem não está ou não tomou a vacina de forma nenhuma, é um vírus mais forte. Se são subvariantes, já escaparam de todas as proteções e barreiras que foram colocadas”, disse o profissional em entrevista à TV Clube.
O Painel Epidemiológico Covid-19 da Sesapi aponta que, no Piauí, 94,95% da população de 12 anos e mais recebeu a 1ª dose da vacina. Dessas pessoas, 88,68% receberam a 2ª dose, 59,29% a dose de reforço 1 e 25,92% a dose de reforço 2.
Entre as crianças de 5 a 11 anos, 87,24% receberam a 1ª dose e 69,81% a 2ª dose.
Mais 16.100 doses de imunizantes devem chegar ao estado nesta quinta-feira (10), às 20h.
Aumento de casos em Teresina
Entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro, Teresina registrou um aumento de 7% nos casos positivos da doença. Apesar disso, segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), o médico Gilberto Albuquerque, a capital permanece com índice na faixa verde.
Conforme o gestor, o uso de máscaras é recomendado apenas aos grupos de risco, pois o alto índice de imunização de adultos (98%) e adolescentes (acima de 80%) não justificaria medidas restritivas.
“Se formos ver o índice de vacinação, é pouco provável que um novo decreto seja estabelecido. Estamos seguros, mas continuamos atentos a essa evolução, com uma avaliação semanal, para analisar se é um aumento real”, explicou Gilberto.
Foto: Reprodução
Festividades e início do período de chuvas
O presidente da FMS explicou que possíveis motivos para o aumento de testes positivos podem ser as aglomerações durante o período de campanha política e o início do período de chuvas na capital.
“É normal que, depois desse tipo de festa e o início das chuvas, haja mais pessoas com sintomas de síndrome gripal. Com isso, também aumenta a busca por testes”, disse.
Ele contou ainda que Teresina segue a tendência nacional do aumento de casos da doença e alertou para a importância de pessoas que fazem parte de grupos de risco reforçarem as medidas sanitárias.
“Recomenda-se que os grupos de risco usem máscara, mantenham distanciamento e façam a higiene das mãos. Teremos períodos festivos como a Copa do Mundo, o Natal, o Ano Novo e mais, para frente, o Carnaval, então é necessário que essas pessoas tomem mais cuidados”, alertou.
Fonte: g1piauí