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Trabalhadores do Transporte Eficiente paralisam atividades

De acordo com a categoria, os salários dos meses de dezembro de 2022 e janeiro deste ano estão atrasados.

Motoristas do Sistema de Transporte Eficiente de Teresina fazem paralisação por falta de pagamento na manhã desta terça-feira (7). De acordo com a categoria, veículos estão sucateados e os salários dos meses de dezembro de 2022 e janeiro deste ano estão atrasados.

A paralisação é por tempo indeterminado e, segundo representantes da Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina (Ascamte), os demais veículos disponibilizados na rede de transporte municipal não possuem condições para atender passageiros com deficiciência física. A Ascamte também reclama que o serviço do Transporte Eficiente está sucateado e os veículos estão em péssimas condições de uso.

Conforme a organização, aproximadamente 18 veículos estão cadastrados no sistema da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), no entanto, apenas cinco estão em circulação. O serviço complementar atende por dia aproximadamente três mil pessoas em Teresina.

“Hoje, o transporte eficiente, destinado para transportar pessoas com deficiência em cadeira de rodas cadastradas na Strans estão parados. A empresa Santa Cruz, que operacionaliza esses veículos, alega que está há quase 3 meses sem receber o repasse da Strans. Carros estão sem combustíveis e motoristas sem receber seus salários. Antes da pandemia, eram 18 veículos e hoje estamos com apenas 5 para atender um público de aproximadamente 3 mil cadeirantes”, falou Wilson Gomes, presidente da Ascamte.

Paralisação dos ônibus na segunda-feira (6)

Motoristas e cobradores de ônibus voltaram a paralisar as suas atividades em uma reivindicação sobre pagamentos de salários atrasados e assinatura do acordo de convenção coletiva. A paralisação foi registrada nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, 06 de fevereiro. 

De acordo com Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), a categoria recebe ameaças da Setut sobre o não pagamento. “A gente queria pedir desculpas para a população de Teresina mais uma vez quero agradecer as lideranças comunitárias, presidente de associações que hoje estão vendo a situação do profissional”, declarou. 

“A gente vem sofrendo constantemente ameaças do Setut de não pagar os trabalhadores. A gente trabalha, quando chega o dia do pagamento, o Setut ameaça não pagar, isso é uma injustiça. A gente quer saber se realmente o prefeito quer resolver o problema, nós não somos mais obrigados a negociar com o Setut , nós podemos fazer um ACT com as empresas que realmente querem continuar trabalhando em Teresina porque a dificuldade é grande, se tornou uma coisa pessoal entre a Prefeitura, Strans e o Setut”. 

Antônio falou ainda que a mobilização não pode ser considerada uma greve. “Se o problema for o Setut vamos chamar as empresas que realmente querem negociar com a categoria e que resolva o problema da população colocando ônibus nas ruas com qualidade e quantidade , é isso que a população de Teresina quer e nós queremos respeito.

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (SETUT) se manifestou através de nota: 

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que o setor tem enfrentado dificuldades financeiras, sobretudo no que tange a insumos e salários dos trabalhadores. Com o constante descumprimento por parte da Prefeitura de Teresina dos repasses de subsídios devidos, o sistema de transporte público enfrenta desequilíbrio econômico e déficit operacional. O SETUT esclarece que já enviou um ofício à Strans informando a situação e aguarda retorno da Prefeitura para uma resolução efetiva desse problema. A gestão municipal deve assumir a responsabilidade e sua omissão tem prejudicado a todos: população, trabalhadores e concessionárias.

Fonte: Meio Norte

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