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Polícia Civil faz reconstituição da morte de Débora Vitória

A mãe da vítima, o policial militar e o assaltante que trocaram tiros acompanham o trabalho da polícia.


O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Perícia Criminal realizam, na tarde desta quinta-feira (2), a reconstituição da morte da menina Débora Vitória, de 6 anos, com as testemunhas do caso. A mãe da vítima, o policial militar e o assaltante que trocaram tiros acompanham o trabalho da polícia.

A criança morreu no dia 11 de novembro do ano passado ao ser atingida com um tiro após um policial militar reagir ao assalto, no bairro Ilhotas, Zona Sul de Teresina. A mãe da garota, Dayane Gomes, também foi atingida.

Segundo o advogado do policial, Otoniel Bisneto, cada testemunha do caso vai se posicionar no exato lugar onde estava no dia do crime e contar o que viu. Durante a reconstituição, a mãe de Débora, o PM e o assaltante não vão ficar frente a frente.

Durante a reconstituição, Dayane Gomes ficou bastante nervosa. Ela participou da reconstituição acompanhada dos advogados e não quis falar com a imprensa.

PM indiciado por homicídio doloso

O tenente da Polícia Militar do Piauí foi indiciado por homicídio doloso, conforme o inquérito policial do DHPP. A delegada Nathália Figueiredo, responsável pelo caso, explicou que o projétil atingiu o braço esquerdo de Débora Vitória, passou pela região do tórax e ficou alojado no braço direito.

Segundo ela, foi verificado que o revestimento do projétil era compatível com a arma apresentada pelo PM e, partir disso, foi constatado que o tiro que matou a menina foi disparado pelo policial que reagiu ao assalto.

Para a delegada, tratou-se de dolo eventual, quando não há vontade/intenção de se praticar um determinado ato, mas a pessoa assume o risco.

Em depoimento, o policial militar que reagiu ao assalto afirmou em depoimento que o assaltante atirou primeiro. Segundo o advogado Otoniel Bisneto, o policial militar estava na calçada de casa, quando viu os assaltantes abordando mãe e filha. Conforme a defesa, para defender a criança o PM efetuou um disparo contra um dos assaltantes, que foi baleado na perna.

De acordo com o coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, o exame pericial de microcomparação balística irá elucidar de onde partiu o tiro que atingiu a criança e se o PM praticou excesso na intervenção de forma dolosa ou culposa.

Suspeito de assalto foi indiciado

Clemilson da Conceição Rodrigues, de 29 anos, suspeito do assalto em que a menina Débora Vitória morreu baleada, foi indiciado por tentativa de latrocínio. A delegada Nathalia Figueiredo afirmou que Clemilson efetuou o disparo que atingiu a manicure Dayane Gomes, mãe da garota, durante a ação criminosa.

A mãe da menina relatou que foi baleada pelo assaltante assim que um policial militar que bebia próximo ao local reagiu à ação criminosa e atirou. Dayane disse ainda que o tiro que atingiu sua filha disparado pelo policial.

Fonte: G1 Piauí 

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