DHPP confronta versões no inquérito sobre desaparecimento de estudante
A namorada de Lucas Vinicius foi intimida e será novamente ouvida.
Prestes a completar um ano do desaparecimento do estudante de Direito, Lucas Vinícius Monteiro Oliveira, 24 anos, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) dá andamento ao que pode ser o fim da investigação. Um dos pontos intrigantes do caso é que, até o momento, o corpo do rapaz que teria pulado da ponte Juscelino Kubitschek, em Teresina, não foi localizado.
Além de informações específicas sobre as buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros, o delegado Francisco Costa, o Baretta, diz que a namorada do jovem será ouvida novamente, além de uma amiga que mora em São Paulo e prestará esclarecimento por meio de carta precatória.
Lucas Vinícius, que também trabalhava como video maker, teria saído de uma festa na companhia da namorada, a advogada Gabriela Vasconcelos, parado o carro em uma das vias da ponte e pulado no Rio Poti.
“A delegada intimou novamente a namorada dele e uma amiga para esclarecer algumas dúvidas. O inquérito está andando e a delegada informou que está na fase de concluí-lo. Apareceram essas dúvidas na oitiva da namorada e foi necessário reinquiri-la. Foi uma dúvida que a delegada encontrou na investigação que precisa ser esclarecida. O inquérito policial precisa ser bem harmonizado para se chegar ao final e dizer o que ocorreu”, explica o delegado, coordenador do DHPP. Ainda no ano passado, Gabriela Vasconcelos lamentou a série de ataques e ameaças nas redes sociais a responsabilizando pelo caso.
Sobre a atuação do Corpo de Bombeiros, Baretta diz que as informações são relacionadas às buscas. “Pra saber se houve mergulho na base, nos pilares da ponte onde há uns vergalhões, o perímetro das buscas e a profundidade do rio naquele dia que recebia muita água”, resume.
Inconformada, a família de Lucas, inclusive, contratou uma perícia particular. Sem adentrar na investigação, Baretta diz que compreende a cobrança pelo desfecho do caso, o sofrimento pela perda da família, mas desabafa.
“Todos os delegados que trabalham comigo seguem o mesmo feitio quando investigam, independente da condição social ou econômica. Estamos para investigar o crime, o fato em si, a ocorrência, respeitando o princípio da legalidade. Trabalhamos com a razão e não com a emoção. Trabalhamos com técnicas. Continuamos investigando para se chegar à verdade. A demora não é uma escolha nossa, faz parte do profissionalismo de se produzir uma peça que harmonize coerentemente com o fato ocorrido”, enfatiza Baretta.
Fonte: Cidade Verde