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DHPP conclui inquérito sobre caso Lucas Vinícius; jovem segue desaparecido

Ao A10+, mãe conta que está decepcionada com o caso e não acredita na versão contada pela ex-namorada

Um ano depois, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu nesta semana o inquérito que investigava o desaparecimento do estudante de Direito, Lucas Vinícius Monteiro Oliveira. O jovem desapareceu no dia 24 de abril de 2022, em Teresina.

A10+ apurou que o inquérito, entregue pela delegada Fernanda Novaes, responsável pelo caso, não apontou indício de crime. Procurada pela reportagem, a família de Lucas informou que desconhecia, até então, o encerramento das investigações.

O inquérito foi remetido esta semana para o Ministério Público. A ex-namorada Gabriela Vasconcelos relatou à polícia que o jovem teria pulado da ponte Juscelino Kubitschek e caído no Rio Poti, na madrugada do dia 24 de abril de 2022. A família de Lucas não acredita na versão, principalmente porque o corpo do estudante nunca foi encontrado. 

Gabriela e uma amiga prestaram um novo depoimento em meados de março. Depois disso, a delegada concluiu as investigações. O A10+ tentou contato com Fernanda Novaes, por inúmeras vezes, mas sem sucesso. 

Ana Lúcia, mãe de Lucas, relatou ao A10+ que a família está decepcionada com o caso, principalmente depois que a justiça do Piauí negou o pedido para examinar um corpo carbonizado que eles desconfiam que pode ser do jovem desaparecido há 1 ano.

“Nós estamos decepcionados porque o corpo carbonizado apareceu com sete dias do desaparecimento do meu filho e não existe nenhuma família questionando sobre esse corpo a não ser a nossa e esse corpo apresenta uma deformidade óssea do lado esquerdo da escapula a qual o nosso filho tem. Não compreendemos o porquê o juiz nos negou de fazermos o DNA, sendo que é um direito que temos e não tem outra família que atrás desse corpo. Estamos muito decepcionados”, lamentou a mãe de Lucas.

Ana Lúcia ainda falou ao A10+ que não acredita que seu filho tenha se jogado da ponte Juscelino Kubitschek e que ele não tinha tendências suicidas. “A única certeza que eu tenho cada vez mais é que meu filho não se jogou. Eu falo com propriedade porque eu sei do que estou falando. Meu filho nao tem perfil suicida. Os bombeiros fizeram quase um mês de varredura no rio e eles mesmos falaram que nunca viram uma coisa dessa, que todo mundo que se afoga nesse rio aparece”. 

A10+ tentou entrar em contato com Gabriela Vasconcelos através de seu advogado, mas assim como em outras vezes não obteve um posicionamento da jovem.

Relembre o caso

Segundo a namorada de Lucas, ambos retornavam de uma festa quando o jovem quis parar o carro na Ponte Juscelino Kubistchek. Ele teria se aproximado da mureta da ponte e então se jogado no rio Poti. Gabriela chamou os bombeiros que iniciaram as buscas pelo estudante, que após 12 meses ainda não foi encontrado.

A namorada do jovem transferiu a quantia de R$ 3,5 mil da conta do estudante para sua conta pessoal.De acordo com o documento que o A10+ e a TV Antena 10 obtiveram acesso com exclusividade, o pix foi realizado no dia 24 de abril às 14h27min, horas após Gabriela Vasconcelos ter afirmado que Lucas havia se jogado no rio Poti.

O advogado Wyttalo Veras, que representa Gabriela Vasconcelos, procurou o A10+ e relatou que a transferência de R$ 3,5 mil foi autorizada pela família de Lucas Vinícius. Segundo ele, o dinheiro seria para pagar um cartão de Gabriela, mas que era usado pelo estudante de Direito.

A defesa afirmou que a quantia seria para pagar um cartão na segunda-feira (25), um dia depois do desaparecimento de Lucas. Wyttalo Veras informou que a família do jovem chegou ao Piauí ainda no domingo (24) e que, segundo ele, teria conhecimento dessa transferência. Em print, o advogado relatou que os pais de Lucas chegaram em Teresina por volta das 12h30 e que do aeroporto foram para casa dos pais de Gabriela.

Fonte: A10+

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