Bomba: Vikstar fecha as portas e 2.600 pessoas perdem o emprego em Teresina
A Vikstar já enfrentava sérios problemas há alguns anos e o estopim foi o atraso de salários que se arrastava há vários meses
A empresa de teleatendimento Vikstar vai encerrar oficialmente suas atividades em Teresina nesta quinta-feira (17/06). A Telefônica/Vivo encerrou o contrato de prestação de serviços com a terceirizada ainda no mês de março.
A Vikstar já enfrentava sérios problemas há alguns anos e o estopim foi o atraso de salários que se arrastava há vários meses. Há anos a empresa também atrasava valores referentes às demissões e pagamento de FGTS dos funcionários.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado do Piauí (Sinttel-PI), João de Moura Neto, afirmou que a empresa entrou em colapso.
“A Vikstar perdeu o contrato, tentamos resolver, mas não foi possível. Nós fizemos acordo para que as verbas e salários fossem pagos, porém ela não cumpriu o acordo. Atrasou salário, não pagou maio, pagou para apenas algumas pessoas que eles escolheram e demitiu todos os trabalhadores”, afirmou.
“A situação é crítica, a empresa entrou em colapso, nada funciona, no começo do mês passado a empresa teve a energia desligada por falta de pagamento, só funciona um turno com gerador, quando acaba o combustível do gerador, nem essa energia tem. Mas o sindicato está trabalhando 24 horas por dia a favor dos trabalhadores”, completou o presidente do Sinttel-PI.
Cerca de 2.600 trabalhadores foram desligados após o anúncio do fim do contrato com a Vivo, que era a empresa que mais terceirizava postos de trabalho na Vikstar.
“Já estamos tomando atitudes desde 2018, quando demitiu trabalhadores, sem fazer pagamentos dos salários e pagou parcelado. Já fizemos um novo acordo para os pagamentos, isso está assinado e está garantido, o sindicato não pode garantir que a empresa cumpra o acordo, A Vivo faz o crédito, mas a Vikstar não paga”, comenta João de Moura Neto.
A Vikstar começou a operar em Teresina no segundo semestre de 2013 e segundo o presidente do sindicato, até 2018 não havia problemas sobre pagamentos, apenas denuncias pontuais, como de assédio moral, mas que desde então, a empresa deixou de honrar os seus compromissos com os trabalhadores.
A Vikstar chegou a ter 8 mil colaboradores na sua melhor época, mas desde então, somou uma série de problemas que culminou no seu colapso.
Políticos piauienses chegaram a ensaiar um movimento para tentar reverter a situação, mas nada fizeram de concreto para evitar mais desemprego em Teresina.