Preso por crime de stalking chegou a criar 15 perfis fakes para perseguir jornalista
Segundo a Polícia Civil, o rapaz, de 20 anos, usava as redes sociais para se aproximar das vítimas e, a partir daí, enviava mensagens com conteúdo sexual e ofensivo. Ao ser preso, ele confessou o crime.
A jornalista Idria Portela, da TV Cidade Verde, é uma das vítimas do estudante preso nesta quarta-feira (10) por crime de stalking (perseguir alguém de maneira física ou online).
O preso – Erisvaldo Caíque Rodrigues da Silva, 20 anos, é suspeito de perseguir e enviar imagens pornográficas para mulheres através das redes sociais. A jornalista conta que começou a receber as mensagens do suspeito ainda em 2020 e que ele chegou a utilizar pelo menos 15 perfis fakes para tentar manter contato.
Nas mensagens enviadas à jornalista, Erisvaldo Caíque utilizava expressões de cunho de sexual e em tom ameaçador.
“Primeiro foi por direct no Instagram, mensagens com teor pornográfico que só eu tinha acesso. Depois ele começou a comentar minhas fotos no perfil, tornando públicas essas mensagens. Comecei a ficar com medo. Eu bloqueava os perfis e ele criava novos”, relatou Idria.
A jornalista, que foi uma das primeiras vítimas do suspeito, resolveu registrar boletim de ocorrência após ele passar a enviar fotos do pênis e vídeos pornográficos. Ela conta que teve medo da perseguição no ambiente virtual passasse a acontecer de outras formas.
“Fiquei bem desesperada, com medo de a qualquer momento ser abordada por ele na rua. Também bloqueei as fotos da minha filha na época e fiquei mais ausente das redes sociais. Diminui as postagens por medo dele acompanhar minha rotina”, destacou.
Em 2023, ao fazer uma reportagem na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, Idria teve conhecimento que outras mulheres, principalmente jornalistas e influenciadoras digitais, também estavam sendo vítimas das perseguições nas redes sociais.
“Comentei sobre o caso com o delegado e ele informou que algumas mulheres estavam aparecendo relatando fatos semelhantes e que a polícia acabou descobrindo que o crime partiu da mesma pessoa. Fiquei bastante feliz de saber que outras mulheres se manifestaram”, ressaltou.
O delegado Humberto Mácola, da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) informou que ele perseguia sete vítimas, cinco jornalistas e duas influencers. O delegado disse que ele também vai responder por importunação sexual.
Fonte: Cidade Verde