Política

Aprovada criação de dia em memória das vítimas da Covid-19

Texto escolhe dia de 12 de março como data para homenagens. Proposta segue para análise do Senado.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) um projeto que define o dia 12 de março como data nacional em memória às vítimas da Covid-19 no Brasil. O texto segue para análise no Senado.

A data aprovada pelos deputados foi escolhida em homenagem à primeira vítima da Covid no país, Rosana Aparecida Urbano. Segundo o Ministério da Saúde, ela faleceu aos 57 anos, um dia após ser internada no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na Zona Leste de São Paulo.

Em abril, o Brasil ultrapassou a marca de 700 mil óbitos pela doença. Os dados são do Ministério da Saúde.

Na última semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto título de alerta da organização, declarado para o surto do novo coronavírus no final de janeiro de 2020.

A decisão, no entanto, não altera o título de pandemia, porque a doença ainda se mantém em disseminação global.

Segundo o autor da proposta, deputado Pedro Uczai (PT-SC), o projeto foi apresentado com contribuição da Associação Vida e Justiça em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19. “[A homenagem] pretende oferecer mais uma possibilidade de disputar a memória, o sentido e o futuro”, disse.

“A pandemia em curso se transformou numa inominável tragédia atravessada pela morte, pelo desamparo e pelo luto, um fenômeno social que impacta de forma direta e indelével a vida de milhões de brasileiros e brasileiras. […] Memória, em certo sentido, é uma repetição. Mas repetir é o imperativo para a elaboração”, declarou.

Projeto no Senado

Proposta semelhante, com a instituição da mesma data como homenagem, foi aprovada pelo Senado em 2021.

O texto, no entanto, não avançou na Câmara e segue travado.

Com a aprovação do projeto de autoria dos deputados, o Senado deve mais uma vez discutir o tema.

Fonte: G1 Política 

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