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MPT instaura inquérito contra empresária que manteve afilhada como escrava

Francisca Danielly Mesquita Medeiros, de 38 anos, deve enfrentar uma ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho pela acusação de manter a jovem, de 27 anos, em situação análoga à escravidão.


A empresária Francisca Danielly Mesquita Medeiros se tornou alvo de inquérito civil do Ministério Público do Trabalho (MPT) para apurar a acusação de que ela manteve a afilhada em situação análoga à escravidão por 15 anos em Teresina.

A suspeita foi presa temporariamente no dia 23 de maio e a portaria do MPT para instauração do procedimento foi divulgada na segunda-feira (30). Até o momento, a defesa dela não quis se manifestar sobre o caso.

No documento do MPT, o procurador do trabalho Edno Carvalho Moura afirma que vai apurar os fatos e adotar as providências cabíveis. Ao fim do procedimento, Francisca Danielly pode enfrentar uma ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho.

Após a Justiça converter sua prisão, na sexta-feira (26), a empresária está presa preventivamente. A defesa dela chegou a pedir por prisão domiciliar sob alegação de que ela tem dois filhos pequenos, um deles dentro do espectro autista, e que ela é a única responsável por eles.

Contudo, o pedido foi negado pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que afirmou não ter ficado comprovado o argumento da defesa, porque foram apresentadas apenas as certidões de nascimento e laudos médicos.

Francisca Danielly foi presa em decorrência de um mandado de prisão temporária após investigação da Polícia Civil motivada por uma denúncia de que ela mantinha uma jovem de 27 anos em cárcere privado e em situação análoga à escravidão.

Fonte: G1 Piauí

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