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Piauiense ex-ministro de Temer é alvo da PF após lavar dinheiro em lojas de vinhos

Justiça Federal do DF determinou o bloqueio do valor aproximado de 22 milhões nas contas dos investigados

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Bouchonée, que apura desvios de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos da empresa RSX Informática, do ramo de tecnologia da informação. Entre os alvos da operação estão o ex-ministro da Integração Antônio de Pádua e o ex-subsecretário do Distrito Federal Paulo Soares Lopes.

A PF cumpriu cerca de 50 mandados de busca e apreensão em endereços do Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Além dessas medidas, a 12ª Vara Federal Justiça Federal do DF determinou o bloqueio do valor aproximado de 22 milhões nas contas dos investigados e o afastamento de servidores públicos de suas funções, como Paulo Soares Lopes.

Ele era subsecretário de Tecnologia de Informação da Secretaria de Economia do DF e foi exonerado do posto nesta manhã. Procurado, o governo do DF não informou se a exoneração tem vínculo com as investigações. Na épca dos fatos, Lopes era presidente do INSS. A Justiça também proibiu a empresa RSX Informática de firmar novos contratos com o poder público.

Segundo fontes da PF, o ex-ministro Antônio de Pádua ainda não foi localizado. Ele ficou à frente da extinta pasta de Integração Nacional, hoje rebatizada de Ministério do Desenvolvimento Regional, no ano de 2018.

A PF afirma que as provas coletadas apontam que os investigados fraudaram inicialmente uma licitação no Ministério da Integração, que resultou em uma ata de registro de preços, que também viabilizava que outros órgãos contratassem diretamente com a empresa investigada, por meio de adesões a essa ata.

O dinheiro da fraude era lavado por meio de lojas de vinhos. Somente uma delas recebeu transferências de mais de R$ 3 milhões da empresa de TI investigada em cerca de quatro meses.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 50 anos de prisão.

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