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Nova Maternidade Evangelina Rosa terá cartório e posto policial

O projeto da nova maternidade foi anunciado em 2014 com prazo de construção de dois anos. Nove anos depois, a unidade de saúde tem previsão de entrega para julho deste ano e terá transição gradual.

A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa deve ser entregue em julho deste ano, mas a previsão de funcionamento é a partir de outubro. O prédio hospitalar tem oito andares e conta com 293 leitos, sendo 95 de terapia intensiva. Ele fica localizado na Avenida Presidente Kennedy, Zona Leste de Teresina, e terá também cartório de registro civil e um posto policial.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), na primeira etapa serão transferidos ambulatório, lavanderia, Central de Materiais Estéreis, setor Administrativo (almoxarifado, SAME, TI) e Gerenciamento de Resíduos Sólidos e laboratório de análises clínicas.

“Nós vamos abrir para a população, devidamente referenciada para a unidade, o ambulatório especializado de alto risco, tanto para a gestante quanto para o bebê de alto risco. Essa maternidade está no entorno de uma região de saúde que tem 31 municípios, mas também para uma macrorregião que aí o número de municípios aumenta”, informou a coordenadora de transição da maternidade, Cristiane Moura Fé.

A nova maternidade terá serviço de pronto-atendimento (urgência e emergência) para pacientes encaminhadas sob regulação.

Um dos primeiros andares a entrar em funcionamento assim que a nova maternidade for inaugurada será o terceiro, onde ficará a administração da unidade e as atividades do hospital escola.

Nova MDER

Capacidade

  • Estima-se que diariamente o número de partos/nascimentos seja de 25;
  • Ao mês, 750 partos;
  • E ao ano 9.000 nascimentos.

Atualmente a MDER realiza uma média de partos 480 partos mensais, será um aumento de 56% no total de partos realizados mensalmente.

Quais especialidades vão funcionar

  • Área médica: Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Gastropediatria, Neuropediatria, Cardiologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Hematologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Terapia Intensiva, Oftalmologia, Anestesiologista, Citologia, Medicina do Trabalho, Genética, Ginecologia, Radiologia, Ultrassonografia, por exemplo;
  • Outras Áreas da Saúde: Enfermagem obstétrica e neonatal, Psicologia, Fisioterapia, Nutrição, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Biomedicina, Farmácia, engenharia clínica, odontologia.

Funcionários remanejados

  • Serão 1842 funcionários ao todo;
  • sendo 149 médicos, 281 enfermeiros, 656 técnicos e auxiliares de enfermagem, 126 do setor administrativo.

Além de cargos multiprofissionais, como agente de portaria, serviços gerais, técnicos de laboratório, entre outros.

De acordo com o superintendente de gestão de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo, a nova maternidade tem o mesmo nome da atual porque irá acontecer apenas uma transferência de unidade.

“Será realizada a comunicação junto aos municípios de cada etapa de transferência, permanecendo os dois serviços funcionando simultaneamente em alguns setores”, disse o superintendente.

Em 2014, quando o Governo do Estado anunciou a construção da nova maternidade, informou que seriam 320 leitos, questionado sobre o assunto, a Sesapi disse que a redução de leitos aconteceu em função da unidade estar destinada, apenas, ao atendimento à gestante e/ou recém-nascido de alto risco regulados.

Segundo o superintendente, a redução do número de leitos não causa prejuízos para a qualidade de assistência. Além disso, o prédio também funcionará como um hospital-escola.

Gestão por OS

A Sesapi informou que a previsão é de que a gestão da maternidade fique a cargo de uma organização social. O contrato havia sido suspenso, mas o Tribunal de Justiça do Piauí manteve o contrato do governo com OS para a gestão da unidade hospitalar.

“A gente tem estudos mostrando que as organizações indiretas tendem a ser mais eficientes, porque elas têm menos burocracias em todo o pleito. Então essa é uma decisão para que a gente tenha projetos pilotos para de fato ver que essa gestão vai ser benéfica para a população”, disse Dirceu Campelo, superintendente de gestão de complexidade da Sesapi.

Caso o cronograma de transferência se confirme, até outubro todos os setores da nova maternidade estarão funcionando.

Quase meio século prestando serviço

Inaugurada no dia 15 de julho do ano de 1976, a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) completará 47 anos em 2023. Conhecida como Unidade Hospitalar de Média e Alta Complexidade, a MDER atende uma média de 9 mil grávidas, de todo o Piauí, por ano e tem hoje 250 leitos entre clínicos e UTI.

Ao longo dos anos, a unidade foi interditada algumas vezes pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), por questões éticas e estruturais. A MDER realiza cerca de 900 partos por mês e é a maior maternidade pública do Piauí.

Fonte: G1 Piauí 

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