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Teresina tem aumento nos casos de violência contra crianças

De janeiro a março de 2023 foram registrados 947 casos de violações de direitos da criança e do adolescentes.

Teresina registrou 947 casos de violação de direitos da criança e do adolescente de janeiro a março de 2023, 53% a mais quando comparado ao mesmo período em 2022. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

Para o conselheiro tutelar Melquisedeque Fernandes, o aumento das denúncias pode significar uma maior conscientização acerca das violações, e a família da vítima possui papel crucial para a afetividade dessas denúncias.

“A família tem um papel preponderante no que diz respeito a prevenção aos casos de abusos sexuais, pois os pais devem conversar com os seus filhos, não só os pais, mas todos que convivem com crianças, no intuito de conscientizar as crianças de que há determinadas partes de seu corpo de jamais devem ser tocadas, jamais devem ser acessadas por um adulto. Essa conscientização precisa começar no seio da família, e uma vez que uma criança relate que está sendo vítima de abuso, a sua fala jamais deve ser descredibilizada”, afirmou o conselheiro.

Atualmente, além dos sete Conselhos Tutelares e os 35 conselheiros que atuam em Teresina, funciona na Zona Sul da capital a Casa de Zabelê, uma entidade que acolhe crianças e adolescentes vítimas de abusos ou exploração sexual, que conta com uma equipe multiprofissional que busca formas de minimizar os traumas vividos pelas vítimas.

“Nós temos psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e todo uma equipe preparada para receber esses casos. Aqui os atendidos passam por atividades pedagógicas, atendimento psicossocial e acompanha a família. Chama a família para discutir isso, chama os responsáveis, pois a nossa atuação isolada é efetiva, mas precisamos também do apoio familiar dentro desse processo”, explicou o psicólogo da Casa de Zabelê, Ronielly Araújo.

“O Conselho é a principal porta de entrada para zelar os direitos e denunciar os casos de violações. Denuncie através do Conselho, a própria Polícia Militar ou a guarda municipal”, adverte o conselheiro tutelar Ivan Cabral.

Fonte: G1 Piauí 

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