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Governo do Piauí inaugura nova Maternidade Evangelina Rosa; veja fotos

O projeto da nova maternidade foi anunciado em 2014 com prazo de construção de dois anos. Nove anos depois, a unidade de saúde é inaugurada.

O Governo do Piauí inaugura nesta sexta-feira (28) a nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada na Avenida Presidente Kennedy, bairro Morada do Sol, na Zona Leste de Teresina. O funcionamento pleno, no entanto, está previsto para o mês de outubro deste ano.

A unidade de saúde possui oito andares, 293 leitos e é considerada, segundo o governo, a maior maternidade pública do Brasil. A construção iniciou em 2017, com investimentos de R$ 175 milhões, sendo R$ 129 milhões recursos do Tesouro Estadual, e R$ 46 milhões do Orçamento Geral da União.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), a maternidade irá funcionar em duas etapas. Nesta primeira, após a inauguração, serão ofertados serviços de ambulatório. Em outubro, na segunda etapa, a nova Evangelina Rosa passará a atender a população com total capacidade e demais serviços.

Dos 293 leitos da maternidade, 174 são de enfermaria; 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal; 30 de UTI neo intermediária; 15 leitos canguru; 20 leitos de UTI adulta; 6 leitos de observação pronto ptendimento e 12 leitos de quarto PPP (pré-parto, parto e puerpério).

A maternidade conta ainda com seis salas de centro cirúrgico e três salas do Centro de Parto Normal (CPN). Estas devem começar a funcionar em novembro deste ano.

A solenidade de inauguração contou com a presença do governador Rafael Fonteles (PT), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias.

Rafael Fonteles discursou falando que a nova maternidade é a maior obra de saúde do estado das últimas cinco décadas. “Hoje temos uma obra coletiva, feita a muitas mãos, que envolveu muitos recursos públicos e que foi pensada para ser a maior e melhor maternidade do Brasil. A nova maternidade é a maior obra de saúde do Piauí dos últimos 50 anos, é um marco como foi lá atrás o nosso Hospital Getúlio Vargas”, destacou.

“São equipamentos modernos, com uma equipe muito bem selecionada para que esse atendimento humanizado multidisciplinar aconteça da porta de entrada até os procedimentos mais complexos. São R$ 175 milhões investidos. O ex-governador Wellington Dias e a ex-governadora Regina Sousa iniciaram esse processo junto com a bancada federal, então há recursos federais da ordem de R$ 145 milhões”, explanou Rafael Fonteles.

Nova MDER

Capacidade

  • Estima-se que diariamente o número de partos/nascimentos seja de 25;
  • Ao mês, 750 partos;
  • E ao ano 9.000 nascimentos.

Atualmente a MDER realiza uma média de partos 480 partos mensais, será um aumento de 56% no total de partos realizados mensalmente.

Quais especialidades vão funcionar

  • Área médica: Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Gastropediatria, Neuropediatria, Cardiologia, Psiquiatria, Endocrinologia, Hematologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Terapia Intensiva, Oftalmologia, Anestesiologista, Citologia, Medicina do Trabalho, Genética, Ginecologia, Radiologia, Ultrassonografia, por exemplo;
  • Outras Áreas da Saúde: Enfermagem obstétrica e neonatal, Psicologia, Fisioterapia, Nutrição, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Biomedicina, Farmácia, engenharia clínica, odontologia.

Funcionários remanejados

  • Serão 1842 funcionários ao todo;
  • sendo 149 médicos, 281 enfermeiros, 656 técnicos e auxiliares de enfermagem, 126 do setor administrativo.

Além de cargos multiprofissionais, como agente de portaria, serviços gerais, técnicos de laboratório, entre outros.

De acordo com o superintendente de gestão de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo, a nova maternidade tem o mesmo nome da atual porque irá acontecer apenas uma transferência de unidade.

Em 2014, quando o Governo do Estado anunciou a construção da nova maternidade, informou que seriam 320 leitos, questionado sobre o assunto, a Sesapi disse que a redução de leitos aconteceu em função da unidade estar destinada, apenas, ao atendimento à gestante e/ou recém-nascido de alto risco regulados.

Segundo o superintendente, a redução do número de leitos não causa prejuízos para a qualidade de assistência. Além disso, o prédio também funcionará como um hospital-escola.

Gestão por OS

A Sesapi informou que a previsão é de que a gestão da maternidade fique a cargo de uma organização social. O contrato havia sido suspenso, mas o Tribunal de Justiça do Piauí manteve o contrato do governo com OS para a gestão da unidade hospitalar.

“A gente tem estudos mostrando que as organizações indiretas tendem a ser mais eficientes, porque elas têm menos burocracias em todo o pleito. Então essa é uma decisão para que a gente tenha projetos pilotos para de fato ver que essa gestão vai ser benéfica para a população”, disse Dirceu Campelo, superintendente de gestão de complexidade da Sesapi.

Caso o cronograma de transferência se confirme, até outubro todos os setores da nova maternidade estarão funcionando.

Quase meio século prestando serviço

Inaugurada no dia 15 de julho do ano de 1976, a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) completará 47 anos em 2023. Conhecida como Unidade Hospitalar de Média e Alta Complexidade, a MDER atende uma média de 9 mil grávidas, de todo o Piauí, por ano e tem hoje 250 leitos entre clínicos e UTI.

Ao longo dos anos, a unidade foi interditada algumas vezes pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), por questões éticas e estruturais. A MDER realiza cerca de 900 partos por mês e é a maior maternidade pública do Piauí.

Fonte: G1 Piauí 

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