Sesapi garante cirurgia a bebê com cardiopatia congênita
O procedimento foi assegurado pelo Governo do Piauí através do TFD, Tratamento Fora do Domicílio
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), garantiu mais uma cirurgia de bebê com cardiopatia congênita. Isac Gael Marques, de um mês e 14 dias de vida sofria de Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) e fez a cirurgia no Hospital HCor, em São Paulo.
A mãe de Isac, Graziele Marques da Silva, é só gratidão ao serviço. “Meu filho nasceu com Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo e, através do TFD da Sesapi, ele foi transferido para São Paulo e submetido à cirurgia corretiva que salvou a vida dele. Agradeço a todos pelo acolhimento”, afirma a mãe. A palavra Hipoplasia é um termo médico que significa subdesenvolvido.
Segundo o Secretário de Saúde, Florentino Neto, diagnosticar precocemente é o fator principal para que a criança cardiopata possa receber o atendimento correto e no tempo necessário. “Por não serem doenças evitáveis, o diagnóstico e o tratamento precoces podem, na maioria dos casos, reverter a doença. O Governo não mede esforços para devolver a esperança de vida longa para esses pequenos piauienses”, explica.
A Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) é responsável por 2% a 4% dos defeitos congênitos do coração. Uma vez que o lado esquerdo do coração está subdesenvolvido, o sangue oxigenado que está chegando ao lado esquerdo do coração vindo dos pulmões é desviado para o lado direito do coração através do defeito do septo atrial, onde ele se mistura com sangue desoxigenado que está retornando ao coração do corpo.
Esse sangue relativamente desoxigenado sai do lado direito do coração e entra nos pulmões e atravessa o canal arterial em direção ao corpo. O canal arterial é um vaso sanguíneo que conecta as duas artérias grandes que saem do coração, denominadas artéria pulmonar e aorta. Enquanto o bebê está no útero, bem como nos primeiros dias de vida, o canal fica aberto.
O fluxo sanguíneo em direção ao organismo é apenas mantido porque o canal arterial continua aberto. Assim que o canal se fecha, como ocorre normalmente após o nascimento, há um fluxo muito pequeno de sangue para o corpo. O bebê morre se o defeito não for reparado imediatamente.
Os sintomas da síndrome da hipoplasia do coração esquerdo aparecem quando o canal arterial começa a se fechar durante as primeiras 24 a 48 horas de vida. Sinais de insuficiência cardíaca aparecem rapidamente depois disso, incluindo respiração acelerada, falta de ar, pulso fraco, palidez ou tom de pele azulado, baixa temperatura corporal, letargia e redução do número de fraldas molhadas.
O Tratamento For do Domicílio(TFD) é um instrumento legal que visa garantir, pelo SUS, o tratamento de média e alta complexidade a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de residência.