Conversas mostram presos planejando fraude no WhatsApp
Com essa modalidade, a organização causou prejuízo de R$ 19 milhões no Brasil e R$ 5 milhões só no Piauí.
O A10+ obteve acesso a conversas entre integrantes da quadrilha alvo na Operação Prodígio, planejando informações cadastrais falsas para as fraudes bancárias. Com essa modalidade, a organização causou prejuízo de R$ 19 milhões no Brasil e R$ 5 milhões só no Piauí.
Foram 30 prisões, 25 mandados de busca e apreensão e bloqueio de valores em conta. As ações ocorreram nas cidades de Amarante, Floriano, Demerval Lobão, Nazaré do Piauí e Teresina. Dentre os presos, está Anderson Ranchel Dias de Sousa, líder do grupo criminoso.
Nos diálogos, os suspeitos conversam sobre profissões e informações para serem clientes de alta renda. Anderson é citado em um dos prints e aparece conversando em outro com um dos indivíduos.
A quadrilha tinha toda uma organização, todos ligados ao líder Anderson Ranchel, que ostentava uma vida de luxo em suas redes sociais. Em perfil aberto no Instagram, verificado pela plataforma e com pouco mais de dois mil seguidores, o homem preso, exibe vídeos e fotos de viagens a mais de dez países, como Estados Unidos, México, Canadá, Colômbia, Noruega, Portugal, França, Alemanha e outros. O A10+ apurou que apenas aos EUA, ele teria ido doze vezes.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a metodologia criminosa se dava da seguinte forma:
1 – Os suspeitos, demonstrando dolo de lesar a instituição financeira, falseavam suas informações cadastrais no momento da abertura da conta, ludibriando a instituição financeira;
2 – Aceitos como cliente de alta renda, os suspeitos efetuam compras em estabelecimentos de origem duvidosa ou pagamentos de títulos de valores elevados utilizando cartão de crédito para simular padrão econômico falso.
3 – Após as operações simuladas o sistema de crédito do Banco Santander libera empréstimo de elevada quantia, ocasião em que o cliente:
a. Quita o empréstimo anterior
b. Paga faturas de cartão de crédito em aberto
Veja a quadrilha completa:
Sobre a operação
“O nome da operação ‘Prodígio’ faz referência ao fato de que alguns dos investigados, bastante jovens, com idade entre 19 e 21 anos, se apresentavam ao banco como médicos, até mesmo já com residência médica concluída. Algo bastante improvável. Outros apresentavam-se como engenheiros, com a mesma idade”, informou ao Diretor de Inteligência da SSP-PI, Anchiêta Nery.
Fonte: A10+