Saúde

Anvisa emite alerta sobre falsificação de Ozempic e Tysabri; veja os lotes

Agência foi notificada pelas farmacêuticas detentoras dos medicamentos e determinou a apreensão das unidades

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado nesta sexta-feira sobre a identificação de lotes falsificados do medicamento Ozempic, da farmacêutica Novo Nordisk, e do Tysabri, da Biogen.

O Ozempic tem se tornado cada vez mais popular no país pelo seu uso off label (finalidade diferente daquela na bula) para perda de peso, embora seja indicado para o tratamento de diabetes tipo 2. Já o Tysabri é utilizado para pacientes com Esclerose Múltipla recorrente-remitente (EM). 

Como O GLOBO já havia mostrado, a Anvisa recebeu uma notificação da Novo Nordisk sobre a identificação de unidades irregulares do Ozempic pertencentes ao lote LP6F832, com validade de 11/2025. O laboratório não reconhece a existência do lote, logo todos os medicamentos que fazem parte dele são falsificados.

“A Agência publicou a medida preventiva (Resolução – RE 3.945/2023), que determina a apreensão e a proibição de comercialização, distribuição e uso do medicamento falsificado. A Anvisa orienta que a população e os profissionais de saúde somente adquiram medicamentos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa (dentro da caixa) e com nota fiscal”, diz a agência. 

A autoridade sanitária afirma ainda que, em caso de suspeita de falsificação, o produto não deve ser utilizado e a empresa responsável pelo produto deve ser contatada para que a autenticidade seja verificada. Além disso, o fato deve ser comunicado imediatamente à Anvisapelas plataformas de atendimento no site. 

— Há relatos (de falsificação) aqui no Brasil e no exterior. Um alerta para pacientes é que comprar em fontes não habituais, especialmente na internet, é desaconselhado. O ideal é adquirir apenas nas farmácias, onde há toda a garantia e o cuidado de armazenamento. Além disso, verificar toda a embalagem, os rótulos. Muitos sites oferecem um preço muito baixo, e o paciente não sabe que está adquirindo um produto falso. Então a fonte e o preço devem ser um alerta. Em caso de dúvida, converse com um médico — disse a diretora de educação e campanhas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dhiãnah Santini, em reportagem recente do GLOBO.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo