Diabetes tipo 2 triplica risco de Alzheimer na velhice, revela novo estudo; entenda
Pesquisadores afirmam que idade de diagnóstico exerce papel determinante na probabilidade de desenvolver demência.
Um estudo que acompanhou mais de 11 mil americanos por 30 anos concluiu que a idade em que se é diagnosticado com diabetes exerce papel determinante na probabilidade de desenvolver demência. Segundo os especialistas, pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 entre 60 e 69 anos tem um aumento de 70% na incidência de desenvolver Alzheimer.
Pacientes diagnosticados com a doença antes dos 60 anos apresentam três vezes mais chances de desenvolverem declínio das habilidades mentais. Porém, eles concluíram também que ocorre o inverso para pessoas que são diagnosticadas com diabetes entre 70 e 79 anos. Neste caso, as incidências de demência caíram para 23%.
No Brasil, segundo a última pesquisa Vigitel, em 2020, do Ministério da Saúde, 7,4% da população brasileira tem diabetes, o que equivale a 15,5 milhões de pessoas. A diabetes tipo 2 é o mais comum entre os pacientes com diagnóstico da doença, representando cerca de 90% dos casos.
A diabetes tipo 2 aparece geralmente na fase adulta e é consequência de um mau funcionamento da insulina produzida pelo corpo. Com isso, o pâncreas passa a produzir uma maior quantidade do hormônio para tentar manter a glicose em níveis normais. No entanto, quando isso não é mais possível, é desenvolvida a diabetes.
Os pesquisadores acreditam que medidas de prevenção para a progressão do pré-diabetes em indivíduos mais jovens podem ser de grande valia para reduzir a carga de demência.
Isso porque o diabetes tipo 2 está diretamente relacionado ao consumo excessivo de fast food, refrigerantes e ausência de exercícios físicos. Por isso, alguns hábitos recomendados pelos especialistas para evitá-la são a adoção de uma alimentação equilibrada, a redução no consumo de sal, açúcar e gorduras, a prática de exercícios físicos regularmente e o cuidado com o sobrepeso.
Fonte: O Globo