OAB-PI: Ganância e sonho de poder fazem Chico Couto lançar esposa como pré-candidata
Histórico negativo fez com que nenhum dos pré-candidatos aceitasse Chico Couto em suas chapas. Nem a cúpula nacional da OAB “suporta” mais o esperto e astuto conselheiro federal
O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI), Chico Couto, luta nos bastidores para viabilizar a candidatura de sua esposa, a advogada Nara Letícia, para a presidência da Ordem.
Ela tem andando o interior do Estado e realizado encontros na capital com a classe, mas encontra resistência. O principal problema está justamente dentro de sua residência, o marido.
O que se comenta nos corredores da OAB e principalmente dentro dos escritórios de advocacia, é que Chico Couto é aquele personagem que ninguém mais confia e nem quer por perto, nem mesmo os principais fiadores e auxiliares da pré-candidatura de Nara Letícia.
O histórico de traições em recentes eleições e a ganância de poder fazem dele um vilão e, nenhum dos outros pré-candidatos aceitou seu apoio ainda no início das tratativas, nem mesmo o atual presidente da Ordem, Celso Barrros Neto, eleito lado a lado com Chico Couto.
Couto participou, na OAB-PI, da campanha e da gestão de William Guimarães (2013-2015). Depois, virou as costas para William e fez campanha e participou da gestão de Chico Lucas (2016-2018), quando se elegeu Conselheiro Federal pela primeira vez.
Na eleição posterior, no entanto, virou também as costas para Chico Lucas e fez campanha e compôs a chapa do atual Presidente da Ordem, Celso Barros Neto, novamente como Conselheiro Federal.
O problema é que, agora, seu histórico não confiável fizeram com que nenhum grupo político o queira mais em sua chapa, inclusive, uma determinação da cúpula da OAB Nacional teria sido encaminhada aos pré-candidatos, para que não o colocassem nas chapas, “pois ninguém o aguenta mais lá em Brasília”.
Diante desse cenário, o esperto e inveterado advogado, político de ordem profissional, precisou se reinventar e refazer seus planos para tentar a perpetuação no poder. E a saída foi lançar sua própria esposa, Nara Letícia, como candidata à presidência da Ordem em uma chapa em que, é claro, ele figuraria como Conselheiro Federal.
Histórico inclui desvio de dinheiro na OAB-PI
Em 2018, o advogado Chico Couto se propôs a coordenar, junto à OAB-PI, o III Congresso de Direito Previdenciário do Piauí. Ocorre que no dia do evento o advogado substituiu a maquineta de cartão de crédito usada para recolher os valores das inscrições dos advogados no evento por uma outra que direcionava estes valores para sua própria conta pessoal.
Com a medida, Couto desviou dos cofres da OAB-PI o valor de aproximadamente R$ 30 mil. Quando o furo foi descoberto pela diretoria da Ordem, mesmo confrontado, o advogado se recusou a devolver os valores. Por este desvio de conduta, a OAB-PI tornou-o inelegível.
Com isto, para que pudesse concorrer, na chapa de Celso Neto, ao cargo de Conselheiro Federal que hoje ocupa, Couto assinou um termo confessando sua dívida para com a OAB-PI e precisou ressarcir a instituição dos valores que havia ilegalmente desviado.
O astuto advogado, envolto na ilusão do poder eterno, traz para perto de si a realidade dos mortos vivos, onde só funciona nos bastidores. Pode ser excelente na manipulação, mas a ligação de seu nome a qualquer pré-candidato, resgata das tumbas da ganância, esqueletos que assombram, afastam e destroem muito mais do que somam. O desvio de dinheiro da Ordem é só um deles.