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Promotor denuncia quatro pessoas pelo assassinato de PM

O crime contra Agamenon Dias ocorreu em fevereiro deste ano na Capital piauiense.

O promotor Regis Marinho, do Ministério Público do Piauí, denunciou ao Tribunal do Júri da Comarca de Teresina quatro homens pelo assassinato do policial militar Agamenon Dias, de 31 anos, ocorrido em um posto de combustíveis na madrugada do dia 4 de fevereiro deste ano. Se a denúncia for aceita, eles irão a julgamento pelo homicídio.

Foram denunciados Tiago Rocha Santiago, de 30 anos, Pedro Victor Cardoso Almeida, de 19 anos, Wicloas Neves Portela, de 20 anos, e Diego Bruno da Costa Sousa, mais conhecido como Pit Girl, de 31 anos. Atualmente, somente Diego Bruno está solto, os demais foram presos ainda no dia do crime.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o crime ocorreu por volta das 3h50 em um posto de combustíveis localizado na Avenida dos Expedicionários, no bairro São João, quando o policial Agamenon Dias, que estava de folga, foi até o local com o amigo Ismael Rodrigues. Onde fica o posto, também tem um bar e uma loja de conveniência.

Tiago Rocha Santiago, Wicloas Neves Portela e Pedro Vitor Cardoso Almeida

Consta que o crime ocorreu porque um adolescente tentou furar a fila da loja de conveniência, ocasião em que foi repreendido pelo policial que estava de folga, o que iniciou uma briga generalizada entre os amigos do adolescente e as duas vítimas, Agamenon e seu amigo Ismael.

Segundo a denúncia, o policial chegou a mostrar que estava armado, mas foi espancado a chutes, socos e garrafadas pelos quatro denunciados, além de dois menores. 

Segundo o MP, foi Tiago Rocha que pegou a arma do policial e realizou cinco disparos de arma de fogo que matou Agamenon, além de ter levado a arma de fogo e a escondido em um terreno. O amigo do policial também foi agredido pelos denunciados. Durante a briga generalizada, a namorada de Tiago chegou a ser baleada na perna.

“A crueldade também é notória, uma vez que a vítima fatal foi espancada com chutes e socos, cortada com cascos de garrafas de vidro e atingida por cinco disparos de arma de fogo, sofrendo para além do mal necessário à consumação de um homicídio. Na mesma senda, o recurso que dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido é indubitável, eis que o crime foi cometido por uma verdadeira multidão, enquanto a vítima já estava dentro do seu veículo, impossibilitando que ela deixasse o local”, afirmou o promotor.

Tiago Rocha Santiago, Pedro Victor Cardoso Almeida, Wicloas Neves Portela e Diego Bruno da Costa Sousa foram denunciados à Justiça pelos crimes de homicídio qualificado contra o policial Agamenon, lesão corporal de natureza leve contra Ismael Rodrigues e por corrupção de menores. Além disso, Tiago Rocha foi denunciado por roubo majorado da arma de fogo do PM.

O promotor Régis Marinho pede que a denúncia seja recebida para que os denunciados sejam julgados pelo Tribunal Popular do Júri, assim como se manifesta pela manutenção da prisão dos denunciados e que seja realizada a prisão preventiva de Diego Bruno. 

Ao final do julgamento, o Ministério Público quer que familiares de Agamenon recebam o valor mínimo de R$ 100 mil, assim como a vítima sobrevivente recebe no mínimo R$ 20 mil, “a título de reparação dos danos causados pela infração, já que impossível mensurar o valor de uma vida ou da integridade física”.

O soldado Freitas, como era conhecido, ingressou nos quadros da Polícia Militar em 2023 e estava lotado na Cavalaria em Teresina.

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