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Empresária piauiense é presa pela PM no Maranhão

Ela é acusada de apropriação indébita, depois de ter alugado uma Hilux e não devolvê-la à empresa.

A empresária Letice Maria Sousa Colasso, que havia sido presa pela Polícia Civil do Piauí, acusada de tentar vender um imóvel que não lhe pertencia, situado no condomínio Terras Alphaville, zona leste de Teresina, caiu mais uma vez nas mãos da polícia. Dessa vez, ela foi detida, em flagrante, no município de Açailândia, no Maranhão, nessa quinta-feira (18), acusada de apropriação indébita, ao ser encontrada com uma Hilux que pertence a uma locadora no estado de São Paulo.

Segundo Boletim de Ocorrência registrado pela empresa Kinto Brasil Serviços de Mobilidade LTDA, proprietária da Hilux, Letice Colasso alugou o veículo, porém, não devolveu o carro à locadora, apropriando-se do bem.

Na manhã de ontem, a Polícia Militar de Açailândia foi informada que a Hilux, Placa SEL 9B55, estava trafegando no centro da cidade e uma guarnição realizou rondas, até localizar o carro nas proximidades do Hospital Santa Luzia. Ao desembarcarem, Letice Colasso e seu marido, João Victor Veloso Lima Verde, que conduzia o veículo, foram abordados pela Polícia Militar, que apresentou o B.O registrado pela empresa, relatando o crime previsto no art. 168 do Código Penal.

Aos policiais, Letice Colasso alegou que havia feito um contrato com a empresa locadora pelo período de 3 anos, no entanto, não apresentou nenhum documento que comprovasse a versão.

O casal, então, foi encaminhado para a sede do 1º Distrito da Polícia Civil de Açailândia, onde a empresária foi autuada em flagrante delito, pagou fiança e foi posta em liberdade, após decisão da juíza titular da 2ª Vara Criminal de Açailândia-MA, Selecina Henrique Locatelli, haja vista que o delito tem reprimenda máxima de 1 (um) a 4 (quatro) anos de prisão.

Confira abaixo o ofício do delegado comunicando sobre a prisão de Letice

Empresária Letice Colasso é alvo de 24 ações na Justiça

Letice Maria Sousa Colasso já responde a 24 processos cíveis e criminais na Justiça.

Entre os processos estão: crime de estelionato contra empresários que venderam aparelhos de academia para Letice; ação monitória ajuizada por cirurgião-dentista por cheques sem fundos; ação de médico que vendeu um celular e não recebeu o dinheiro.

Conforme as investigações da polícia, a empresária utilizava, principalmente, ‘golpe do pix’ contra as vítimas, especialmente, na compra de aparelhos de musculação para as suas academias, além de utilizar cheques sem fundos.

Foto: Reprodução Instagram

Empresário caiu no ‘golpe do pix’

Uma das vítimas foi o empresário F. da C. H. de M. C. que anunciou a venda de aparelhos de academia na plataforma OLX, onde Letice demonstrou interesse na compra dos produtos e fez algumas propostas, tendo sido acordado, por meio de contrato, o valor de R$ 40 mil, que deveria ser pagos em 08 parcelas de R$ 5 mil.

Letice então enviou um comprovante de depósito no valor de R$ 5 mil à vítima, que sem aplicativo do banco para conferir o extrato, confiou na palavra de Letice e despachou os aparelhos para a cidade de Floriano, onde ela possui uma academia.

No entanto, ao conferir o extrato da conta, a vítima observou que o dinheiro não havia caído. Após vários dias conversando com Letice, ela confessou que de fato não havia feito a transferência, pois estava sem dinheiro e realizou um depósito no valor de R$ 1 mil, enviando apenas um comprovante de agendamento.

Por fim, a vítima percebeu que a primeira transferência estava cortada na parte de cima, onde constava o agendamento. Mesmo após inúmeras tentativas, segundo o empresário, Letice “se negou a devolver os equipamentos e mandou o declarante procurar a Justiça”.

Cheque sem fundos

Outra vítima da empresária, um cirurgião-dentista de iniciais A. B. C., realizou procedimento em Letice e aceitou um cheque da acusada como forma de pagamento no valor de R$ 10 mil. Contudo, ele foi devolvido duas vezes, nos dias 05 e 10 de fevereiro de 2021.

Após a última devolução, o profissional tentou de todas as formas receber o valor devido. No entanto, não logrou êxito, sendo que a empresária em mensagens de aplicativo falou o seguinte trecho: “Dever não é crime, e só pagaria via ação judicial”.

Golpe contra médico

No dia 17 de fevereiro deste ano, o Ministério Público do Piauí, por meio do promotor José Eduardo Carvalho Araújo, denunciou a empresária pelo crime de estelionato praticado contra um casal de médico e dentista, que procuraram a polícia no dia 21 de março de 2022, alegando terem sido vítimas de um golpe aplicado pela empresária.

O médico narra que colocou à venda na internet um aparelho celular no valor de R$ 4.800,00, e Letice Colasso entrou em contato, no dia 2 de março, manifestando interesse em adquirir o bem. Ela apresentou proposta de pagar R$ 4.700,00 à vista e o médico fechou negócio. Como ele estava de plantão em outra cidade, a esposa dele entregou o aparelho a empresária que, conforme a polícia, enviou um comprovante de pagamento falso.

As vítimas somente perceberam a fraude ao checar a conta bancária e não identificar o crédito da quantia que deveria ter sido transferida.

O médico entrou em contato com a acusada e, após intensas cobranças, ela fez duas transferências, cada uma no valor de R$ 1 mil. Percebendo que estava sendo vítima de golpe, a vítima solicitou o bloqueio do aparelho junto à operadora no dia 18 de março e, no dia seguinte, a empresária entrou em contato, pelo WhasApp, dizendo que não poderiam ter feito aquilo e que agora somente pagaria o valor devido por meio da Justiça.

A denúncia foi recebida no dia 21 de março pelo juiz João Antônio Bittencourt Braga Neto, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.

Fonte: GP1

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