Médico suspeito de agressão diz que mataria ‘5 gerações’ da ex-mulher
Jesus Fleitas Rivero foi preso no início desta semana em Teresina por descumprir uma medida protetiva.
A defesa de Mara Simone de Carvalho Costa Fleitas, que denunciou o médico cubano Jesus Fleitas Rivero, preso no início desta semana em Teresina por descumprir uma medida protetiva, enviou à TV Antena 10, nesta sexta-feira (19), uma mensagem de voz que seria do investigado proferindo ameaças de morte. Os dois foram casados por mais de 20 anos.
No áudio, o médico teria declarado que eles podem brigar na justiça, mas que ele estaria armado e a mataria.
“Se tu quiser brigar na justiça, podemos brigar na justiça, mas já te falo que, o que tu fez comigo em julho e agosto não vai acontecer, nem o que tua família fez comigo e com a minha família, vou permitir que aconteça. Porque eu te falo uma coisa, e pode deixar gravado pra mostrar pro juiz, pra quem tu quiser; estou armado e mato a ti e cinco gerações tua, certo? Assim que se tu quiser mexer teu cunhado, quiser meter com negócio de justiça, Maria da Penha, pode ir correndo, tá bom ? Pode ir correndo, mas lembra que não vai ter sossego na tua vida”, declarou.
Em nota, a defesa da mulher destacou que a vítima sofre agressões domésticas há mais de 20 anos, tendo inclusive denunciado o agressor em outras oportunidades, tendo o mesmo, respondido a processo pela Lei Maria da Penha.
Relembre
No último dia 16, o advogado Raimundo Nonato da Silva, que representa o médico cubano, procurou o Cidade Alerta para dar a versão do preso.
Segundo ele, a mulher não teria apresentado prova das agressões para a polícia. O advogado disse que a ex-esposa era formada em enfermagem, mas que trabalhava como atendente em seu consultório prescrevendo medicamentos de forma ilegal. Quando o médico descobriu encerrou os trabalhos da esposa no local.
Em resposta a declaração, a defesa da mulher pontou que as provas são robustas e que se encontram nas mãos da delegada, dentre áudios, vídeos, e fotos.
“Todas essas provas demonstram a periculosidade do agressor, infelizmente não podemos mostrar tudo, porém o advogado de defesa já ouviu e viu parte desses áudios, e mesmo assim, sustenta o insustentável. E para finalizar, o motivo da prisão do agressor, se deve ao fato dele descumprir ordem judicial de Medida Protetiva da Lei Maria da Penha, pois o agressor, por ser médico, acha que não deve respeito às Leis, e as ordens judiciais, o que é um tremendo engano, pois ninguém está acima da Lei”, diz a nota.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Piauí.
Fonte: Portal A10+
