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Piauí não registra casos de variante Delta aponta relatório de sequenciamento genético

As amostras foram encaminhadas ao laboratório da FioCruz em Pernambuco

Relatório produzido, após recebimento dos resultados do sequenciamento genético de 100 amostras de pacientes do Piauí, enviadas à FioCruz, apontam que não há registro de pessoas infectadas com a variante Delta no estado.

As amostras foram encaminhadas ao laboratório da fundação em Pernambuco, depois de constatada alteração na carga viral dos pacientes infectados pelo coronavírus, em exames RT/PCR. “Este sequenciamento genético no possibilita saber quais variantes circulam em nosso estado, felizmente não registramos casos de Delta no Piauí. O trabalho conjunto das autoridades em saúde com as instituições científicas é fundamental na adoção de estratégias de enfrentamento à pandemia”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

Os materiais colhidos são de pacientes de várias cidades do Piauí e referentes às semanas epidemiológicas 16, 19, 20, 21, 25 e 26 e de idades que vão de 01 a 70 anos. Sendo 90% amostras representativas e 10 % de casos relevantes (pessoas vacinas, casos graves e pacientes que evoluíram a óbito).

“Para selecionar as amostras o Lacen-PI escolhe aquelas, que nos testes de diagnóstico de PCR, apresentam quantidades altas do vírus, pois isso aumenta a chance de o procedimento ser bem-sucedido. Além disso, as amostras devem ser representativas por semana epidemiológica, incluindo casos não graves, graves e de óbito, e assim obter uma análise geral da situação da doença no estado”, pontua a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.

Atualmente tem-se 110 amostras sequenciadas de pacientes do estado do Piauí e até o momento não houve identificação de linhagem Delta (B.1.617.2 like) em nenhum material analisado. “Por meio do sequenciamento genético das amostras é possível entender a história de um vírus, detectar suas variantes, estabelecer por onde ele passou, discutir programas de ação, atualizar vacinas e as estratégias de enfrentamento à pandemia”, explica a epidemiologista.

Segundo o relatório, das 100 amostras processadas foram obtidos 65 genomas com qualidade acima de 95% de cobertura e um genoma de 94%. Dentre os 66 genomas, todos foram identificados como da linhagem Gamma, também conhecida como variante P.1, onde duas amostras foram identificadas como da sublinhagem de Gamma P.1.7. “Podemos perceber que a linhagem predominante é da P.1, inicialmente detectada em Manaus, nos casos das amostras do Piauí. Atualmente esta é a variante que mais circula no Piauí e dos casos que foram para sequenciamento genético, a maioria encontra-se na nas idades de 20 a 45 anos”, disse Amélia Costa.

Até o momento, são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde as variantes Alpha (B.1.1.7), Beta (B.1.135), Gamma (P.1) e Delta (B.1.617.2). A classificação das linhagens é dinâmica e estas podem ser alteradas futuramente mediante a uma nova versão do sistema de classificação.

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