Piauí registra queda de domicílios com insegurança alimentar
Houve uma queda de quatro pontos percentuais quando comparado ao último levantamento.
O Piauí registrou queda no número de domicílios em insegurança alimentar. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (25), e integram o módulo de segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2023.
No estado, 42% dos domicílios apresentam algum grau de insegurança, uma queda de quatro pontos percentuais quando comparado ao último levantamento feito pelo órgão, que era de 46%. O número é o quinto maior do país, ficando atrás de Sergipe (49%), Pará (47,7%), Maranhão (43,6%), Amazonas (42,6%).
A média nacional de domicílios no Brasil que estão num contexto de fome ficou em 27,6% e na região Nordeste esse número sobre para 38,77% dos domicílios.
A insegurança alimentar é medida a partir do pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficientes como em qualidade adequada.
Dados do Piauí
No Piauí, cerca de 5,4% dos domicílios estão inseridos num contexto de insegurança alimentar grave, que é mensurado quando adultos e crianças passaram por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais aguda, a fome.
Outros 8,7% dos domicílios foram atingidos pela insegurança alimentar moderada, que acontece quando os adultos passam por restrição alimentar para que outros membros da família possam ter suas necessidades minimamente atendidas.
E, a maior parcela dos domicílios em situação de insegurança alimentar do estado podem ser enquadrados no grau leve do problema, que ocorre quando os adultos já expressam uma preocupação com o acesso aos alimentos no futuro.
Para avaliar a redução da insegurança alimentar no Piauí, a pesquisa cruzou os dados obtidos na PNAD Contínua de 2023 com as informações obtidas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), referente ao período 2017/2018.
No período de 2017/2018 o Piauí registrou que 46% dos domicílios do estado a população vivia em situação de insegurança alimentar. Os dados da PNAD Contínua de 2023 apontam uma redução de quatro pontos percentuais, registrando assim 42% de domicílios em situação de insegurança.
Dados do Brasil
Em 2022, 33,1 milhões de pessoas no Brasil enfrentavam a insegurança alimentar e nutricional grave, em 2023 esse número caiu para 8,7 milhões de pessoas. Passou de 15,5% da população brasileira para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais. As informações são referentes ao quarto trimestre do ano passado e foram obtidas por meio do questionário da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), revelando que o percentual de pessoas que vivem privação quantitativa de alimentos foi reduzido de maneira significativa.
O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia, com geração de emprego e renda, e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome”
De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, os dados apresentados são resultado do esforço do Governo Federal em retomar e reestruturar as políticas públicas de redução da fome e da pobreza. “O salto alcançado em 2023 mostra que o Brasil retomou o rumo certo no enfrentamento à fome”, pontuou.
“O amplo conjunto de políticas e programas sociais reunidos no Plano Brasil Sem Fome, a retomada do crescimento da economia, com geração de emprego e renda, e a valorização do salário mínimo são alguns fatores que recolocam o país em lugar de destaque da agenda de combate à fome no mundo. Tirar o Brasil novamente do Mapa da Fome é uma prioridade do presidente Lula”, completou o titular do MDS.