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‘Dinheiro da minha família, de 10 anos de trabalho’, afirma vereador sobre R$ 1,6 milhão apreendido pela PF

O valor de de R$ 1,6 milhão foi aprendido pela Polícia Federal, em operação contra desvio de recursos públicos. O vereador negou qualquer envolvimento com os crimes apontados e disse que pretende entrar com recursos para reaver todo o valor apreendido pela Policia Federal.

O Vereador Alan Brandão (PRD), falou em entrevista à TV Clube, nesta segunda-feira (3),sobre o R$ 1,6 milhão, em espécie, apreendidos pela Policia Federal. Segundo o parlamentar, o dinheiro é de sua família e a quantia está sendo acumulada há 10 anos. O valor em espécie estava em um escritório de contabilidade, no bairro Jockey, Zona Leste de Teresina, do qual ele é sócio.

“Primeiramente, o dinheiro não foi encontrado, porque não estava escondido. O dinheiro faz parte do meu patrimônio, meu e da minha família, conquistado nos últimos anos como empresário. Todos os bens [são] declarados e informados à Receita Federal. São 10 anos juntando a quantia”, disse.

O vereador também negou qualquer envolvimento com os crimes investigados na operação e disse que pretende entrar com recursos para reaver o valor apreendido pela Policia Federal.

“Ainda hoje nós teremos acesso ao processo, já estamos com nossos advogados e estaremos entrando com a solicitação para reaver todo o recurso. Não tenho ligação com empresa nenhuma. Meu escritório trabalha com várias empresas”, relatou. 

O parlamentar disse ainda que todo o dinheiro é licito e que está à disposição para esclarecer as dúvidas da Justiça. 

“Nós estamos, como eu falei, muito tranquilos, muito firmes, seguros e à disposição da Justiça. Inclusive, vamos estar fazendo a parte da defesa do processo em si, como também já a restituição do valor que fora encontrado”, finalizou.

Operação Conectados 

Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 1,6 milhões durante a Operação Conectados. A suspeita é de desvios de recursos públicos federais destinados à saúde, educação e assistência social repassados a municípios do Piauí, deflagrada no dia 30 de abril deste ano. 

O montante foi apreendido apenas em um dos locais onde foi cumprido um dos 11 mandados de busca e apreensão. Houve ainda ordem de sequestro de bens e valores. 

Segundo a PF, as verbas desviadas eram provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS). 

Nove dos mandados foram cumpridos em Teresina e dois em Oeiras, no Sul do estado. Todas as medidas judiciais foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Floriano. 

Empresa favorecida em contratações com indício de fraude

A investigação se iniciou a partir de Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), que aponta indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício de uma determinada empresa. 

Conforme a PF, o estabelecimento, sediado em Teresina, foi construído recentemente e já foi vencedor de diversas disputas públicas em municípios piauienses.

A investigação identificou que o empresário à frente da empresa atua como laranja. Foram encontradas, ainda, conexões entre ele e uma empresa de contabilidade na capital. 

Até o momento, está sendo apurado o crime de frustração do caráter competitivo de licitação. Porém, a Polícia Federal suspeita de que outros delitos possam ser constatados ao longo da investigação. 

Fonte: G1 Piauí

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