Notícias

Crianças e adolescentes são as maiores vítimas de estupro no PI

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que o grupo representa 80% dos casos; criminosos têm vínculo com familiares, na maior parte dos caso.

Crianças, adolescentes, com faixa etária de 14 anos e idade; e pessoas em vulnerabilidade social são as maiores vítimas de estupros no Piauí. É o que revelam os dados de um levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), cujas estatísticas apontam que o grupo representa 80% dos casos.

No primeiro semestre deste ano, 581 crimes de violência sexual foram registrados. Deles, 453 vítimas são crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis. Os números caracterizam também um aumento de delitos dessa natureza. Em maio e abril, foram cerca de 100 de estupros de vulnerável por mês.

Para o conselheiro tutelar, Ivan Cabral, o crescimento ocorre em decorrência das denúncias. As famílias ou responsáveis têm tido mais cautela e dado atenção para os relatos dessa parcela, o que não ocorria anteriormente.

Ivan Cabral, conselheiro (Foto: TVClube)

“A gente precisa dizer da importância, de fato, do denunciar. A família precisa acreditar na fala da criança. Por que esse aumento tem acontecido no Piauí? Porque, de fato, a família está acreditando na fala da criança. Antigamente, a família dizia que a criança estava mentindo e é um fato favorável ao direito dela, de que ninguém possa tocar no corpo dela. O corpo dela pertence à ela”, fala.

Na maioria dos casos, os criminosos são pessoas próximas da família, como amigos e parentes. O delegado da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Hugo Alcântara, diz que eles estão presentes no ciclo de convivência das vítimas.

Delegado Hugo Alcântara (Foto: TVClube)

“Seja próximo ou distante, mas ele está presente, muitas vezes padrasto ou madrasta, avô ou avó, primos, então ele está dentro do ciclo de convivência do menor, muitas vezes dentro de uma relação de confiança com a família, os pais e as crianças”, explica.

Ainda segundo Ivan, é importante que a família denuncie os fatos, pois desta forma, o Conselho Tutelar “vai à residência averiguar e notificar os responsáveis”. Caso o exame carnal confirme o abuso, a vítima será acompanhada pelo Centro de Referência de Assistência Social (Creas) ou recolhida pelo Poder Judiciário.

“Se for mais além, a lei nos obriga à encaminhar notícia de fato ao Ministério Público, comunicar ao Poder Judiciário, para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Se for o caso, o Poder Judiciário recolhe a criança, para colocar no acolhimento insticional ou famíilia substituta”, pondera.

Fonte: Clube News

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo