Dr. Pessoa diz que pode rever acordo caso onda de greves no transporte retorne
Dr. Pessoa avaliou que a Prefeitura cumpriu com o que foi acordado com a classe empresarial, realizando os repasses exigidos, e sinalizou que não admitirá irregularidades no transporte público da capital
O prefeito de Teresina Dr. Pessoa (MDB) fez uma cobrança aos empresários e trabalhadores do transporte público na manhã desta segunda-feira (18). O gestor não adiantou detalhes, mas frisou que, caso retorne a acontecer uma onda de greves, tomará uma “nova decisão imediata” em relação ao serviço prestado na capital.
Dr. Pessoa avaliou que a Prefeitura cumpriu com o que foi acordado com a classe empresarial, realizando os repasses exigidos, e sinalizou que não admitirá irregularidades no transporte público da capital.
“Fizemos de tudo para essa negociação e quero repetir bem forte: a Prefeitura irá honrar e está girando. Se outro lado, empresários e funcionários não honrarem e vier com uma outra onda de greve tomarei outra decisão de imediato”, pontuou.
Setut garante pagamentos, mas não tem prazo
Em resposta, a advogada Naiara Moraes, consultora jurídica do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), garantiu que serão pagos os salários atrasados referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro, na medida que forem realizados os repasses pela Prefeitura.
No entanto, conforme apurado pela reportagem, ainda não existe uma data definida para que esses pagamentos sejam efetuados na conta dos trabalhadores.
“Há um compromisso que diante do pagamento da entrada, no valor de R$ 10,5 milhões que foi acordada com o ente municipal em relação aos valores de 2020 as folhas de pagamento serão atualizadas nesses três meses, outubro, novembro e dezembro, na medida destes pagamentos. Em relação aos valores de 2020, os trabalhadores tem uma parcela assegurada de R$ 720 mil que também será repassada”, explicou.
A representante do Setut ainda pediu a compreensão da categoria e destacou que o sistema se recupera da crise instalada por mais de um ano na cidade e necessita de tempo para alcançar uma regularidade de passageiros.
“A data base é apenas em janeiro. Então, é preciso que se aguarde todo esse período de de resgate de restabelecimento do sistema de transporte coletivo para que se possa dialogar sobre mais benefícios aos trabalhadores. A situação é difícil, não só para trabalhadores e empresários, mas para toda a população e todo usuário que precisa nesse momento também ser acolhido em termos de compreensão dos trabalhadores, pois os empresários já se colocaram à disposição da população”, pontuou.