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Comoção marca velório de cabeleireira em Teresina; suspeita de transfobia

Populares e familiares relataram que Aryadna não possuía envolvimento com o mundo do crime.

Amigos e familiares compareceram estiveram presentes no velório de Aryadna Montenegro, de 23 anos, encontrada morta em um terreno na manhã de segunda-feira (22), no bairro São Joaquim, zona Norte de Teresina.

Muito abalada a família não quis conceder entrevista. Presente no velório, a Diretora de Promoção da Cidadania LGBT, Joseane Borges, afirma que uma das suspeitas do órgão é que Aryadna teria sido vítima de um crime de ódio.

“Recebemos com bastante tristeza. Conversamos com a família para dar apoio socioassistencial através do nosso Centro de Referência LGBT Raimundo Pereira. A gente vê que pelo crime que aconteceu foi um crime de ódio. Agora é preciso buscar elucidação desse caso para que a gente possa saber que aqui no Piauí também tem lugar para o LGBT. Isso não vai ficar impune. Mas quem vai poder dizer isso de fato é o órgão competente e nós faremos o acompanhamento. É uma vida humana que está sendo ceifada pelo simples fato de existir”, afirma.

Familiares e amigos que estavam no velório reforçaram a tese de que Aryadna não possuía envolvimento com o mundo do crime e que trabalhava diariamente em seus salão, no bairro São Joaquim.

Foto: Reprodução Cidade Verde

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Feminicídios, presidida pela delegada Nathalia Figueiredo.

Amigos familiares realizam vaquinha

Amigas de Aryadna Montenegro, de 23 anos, estão realizando uma vaquinha solidária para ajudar a custear as despesas do velório da cabeleireira. O corpo da jovem foi encontrado com o rosto bastante desfigurado na manhã de ontem (22), no bairro São Joaquim, zona Norte de Teresina.

As doações estão sendo feitas através da chave PIX: 86 99481-7222 [Lucirene]. O velório da cabeleireira acontece nesta terça-feira (23) em um espaço na Avenida Boa Esperança, e o corpo será sepultado no Cemitério Santo Antônio, no bairro Buenos Aires.

Lucirene, responsável pela campanha, disse que Aryadna Montenegro não relatou estar sofrendo nenhuma ameaça.

O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ficará responsável pelas investigações do caso. A suspeita é que a cabeleireira tenha sido morta a pedradas, ja que seu rosto estava desfigurado.

No local do crime, a polícia também colheu informações sobre a vítima. Aryadna Montenegro se identificava como uma mulher trans e era vista pela população como uma pessoa trabalhadora. Ela possuía um salão de beleza. Populares relataram que ela não tinha envolvimento com o mundo do crime.

A Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) também acompanha o caso.

Fonte: Cidade Verde

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